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Safra maior

Em outubro, IBGE prevê safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas 6,8% maior que em 2010.

Safra maior

A décima estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas indica uma produção da ordem de 159,7 milhões de toneladas, superior em 6,8 % à safra recorde de 2010 (149,6 milhões de toneladas) e 0,2 % maior que a estimativa de setembro. A área a ser colhida em 2011, de 48,6 milhões de hectares, apresenta acréscimo de 4,6% comparado a 2010, e acréscimo de 21.039 hectares (0,0%) frente à informação anterior. As três principais culturas, que, somadas, representam 90,6 % da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, o arroz, o milho e a soja, respondem por 82,4% da área a ser colhida registrando, em relação ao ano anterior, variações de 1,7%, 3,5% e 3,2%, respectivamente. No que se refere à produção, o arroz, o milho e a soja mostram, nessa ordem, acréscimos de 19%, 0,6% e 9,2%.

O IBGE também realizou, em outubro, o primeiro prognóstico de área e produção para a safra de 2012. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2012 é estimada em 157,5 milhões de toneladas, 1,4% inferior à de 2011. Porém, a área ser colhida (49,5 milhões de hectares) cresce 1,7%. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/lspa

Entre as grandes regiões, o volume da produção 2011 apresenta a seguinte distribuição: região Sul, 67,1 milhões de toneladas; Centro-Oeste, 56,0 milhões de toneladas; Sudeste, 17,4 milhões de toneladas; Nordeste, 14,9 milhões de toneladas; e Norte, 4,3 milhões de toneladas. Na comparação com 2010, houve incrementos em todas as regiões: Norte, 7,8%; Nordeste, 26,2%; Sudeste, 1,9%; Sul, 4,6%; e Centro-Oeste, 6,7%.

O Paraná lidera a produção nacional de grãos, com uma participação de 19,7%, seguido pelo Mato Grosso, com 19,5%, e o Rio Grande do Sul, com 18,3%.  Estimativa de outubro de 2011 em relação à produção obtida em 2010

Dentre os 25 produtos selecionados, 16 apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (72,6%), amendoim em casca 1ª safra (25,9%), arroz em casca (19,0%), batata-inglesa 1ª safra (13,3%), batata-inglesa 2ª safra (0,8%), batata-inglesa 3ª safra (0,8%), cacau em amêndoa (5,7%), cevada em grão (7,4%), feijão em grão 1ª safra (27,9%), laranja (3,1%), mamona em baga (38,1%), mandioca (7,3%), milho em grão 1ª safra (3,6%), soja em grão (9,2%), sorgo em grão (29,2%) e triticale em grão (24,8%). Com variação negativa: amendoim em casca 2ª safra (38,1%), aveia em grão (10,8%), café em grão (7,5%), cana-de-açúcar (9,4%), cebola (5,2%), feijão em grão 2ª safra (1,8%), feijão em grão 3ª safra (5,9%), milho em grão 2ª safra (3,7%) e trigo em grão (14,1%).

Estimativa de outubro em relação a setembro de 2011

CAFÉ (em grão) – Em relação a setembro, a estimativa de produção de 2.658.061 t (44,3 milhões de sacas) mostra um decréscimo de 0,4%, a área destinada à colheita cai 0,1% e o rendimento médio recua 0,2%. Minas Gerais, maior produtor brasileiro, apresenta aumento de 0,2% na produção, totalizando 1.325.706 t (22,1 milhões de sacas de 60 kg), considerando as duas espécies em conjunto (arábica e canephora), que representam 49,9% do total esperado para o País em 2011. A área a ser colhida está reavaliada em 1.028.599 ha. O rendimento, característico de um ano de baixa, aumenta 0,1% em relação a setembro. No Espírito Santo, segundo maior produtor, houve reajuste de –0,3% na produção e no rendimento em relação ao mês anterior. Desde o final de 2010 as condições meteorológicas estiveram favoráveis e a produção está estimada em 706.346 t (11,8 milhões de sacas), apresentando um rendimento médio de 1.447 kg/ha (24,1 sacas/ha), o maior do país. São Paulo, terceiro maior produtor, tem decréscimo de 4,6% na produção, em relação a setembro, totalizando 198.948 t (3,3 milhões de sacas). A área de colheita e o rendimento foram revistos e ambos reavaliados em –2,3%.

FEIJÃO (em grão) Total – A produção de feijão, considerando as três safras, está avaliada em 3.577.663 t, 0,3% menor que no mês anterior e está assim distribuída: 1.948.563 toneladas da 1ª safra (54,5%), 1.183.493 toneladas da 2ª safra (33,1%) e 445.607 toneladas da 3ª safra (12,4%). Comparativamente ao mês passado, as produções dos feijões 1ª e 2ª safras sofreram decréscimos de 0,2% e 1,1%, respectivamente, enquanto o feijão 3ª safra cresceu 1,5%. A inexpressiva redução na produção do feijão 1ª safra deve-se às reavaliações nos números finais de colheita, que já se encontra encerrada na maioria dos estados. No que se refere à segunda safra, a queda na produção, em relação ao mês anterior, decorre, principalmente, das revisões nas informações efetuadas em Tocantins (-43,6%) e Sergipe (-44,3%). O incremento na produção da 3ª safra é resultado das modificações nos dados de São Paulo que, em relação a setembro, reajustou a área a ser colhida (29,0%) e o rendimento médio (4,8%), gerando aumento na produção estadual de 35,1%.MILHO (em grão) Total – As duas safras do milho em grão totalizam 56,4 milhões de toneladas em 2011, uma variação de 0,3% frente a de setembro. A 1ª safra alcançou 34,3 milhões de toneladas, um aumento de 0,2%, comparada à estimativa anterior. A participação na produção nacional, segundo as três maiores regiões produtoras, encontra-se assim distribuída: Sul (45,2%), Sudeste (27,8%) e Nordeste (12,9%). A região Sul, maior produtora, registra aumento de 0,4%, o que se deve à revisão em 1,1% na produção do Paraná, onde o produto já se encontra colhido. Para a 2ª safra, estima-se uma produção de 22,1 milhões de toneladas, 0,6% superior à anteriormente divulgada, em face das modificações nos dados do Mato Grosso do Sul e do Paraná. No Mato Grosso do Sul, com a conclusão da colheita, houve um rendimento maior que o estimado em setembro, resultando num incremento de 6,0% na produção. O Paraná reajustou a produção em 2,6%, estimada agora em 6,2 milhões de toneladas.

CEREAIS DE INVERNO (em grão) – Para as lavouras de inverno, cujos cultivos concentram-se, predominantemente, nos estados do Sul, destacam-se os incrementos nos dados de produção da aveia (1,2%), cevada (1,1%) e trigo (1,9%). Para o trigo, a mais importante dessas culturas, a produção esperada de 5,2 milhões de toneladas é 1,9% superior à informação do mês anterior. No Paraná, maior produtor de trigo (46,5% da produção nacional), houve um incremento de 0,7% na área plantada, agora estimada em 1.031.792 ha. Porém, a área a ser colhida é de 999.767 ha, uma perda de 32.025 ha em função das geadas. Com o rendimento médio esperado avaliado em 2.412 kg/ha, registrando um incremento de 0,4%, a produção estimada de 2,4 milhões de toneladas, é 1,0% maior que a informado em setembro. O Rio Grande do Sul, segundo produtor com 44,4% de participação, apresentou um ganho de 3,8% na produção em face das reavaliações positivas na área (1,8%) e no rendimento médio (2,0%).

Perspectivas para a produção agrícola de 2012

O IBGE também realizou, em outubro, o primeiro prognóstico de área e produção para a safra de 2012 nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e em Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia. No comparativo das safras 2011 e 2012, verifica-se retrações nos rendimentos da soja e do milho 1ª safra. A condições climáticas nos principais centros produtores favoreceram recordes históricos de rendimentos médios para esses dois produtos. Neste primeiro prognóstico, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2012, é estimada em 157,5 milhões de toneladas, 1,4% inferior à de 2011 devido, principalmente, às menores previsões da Região Norte (-5,7%), Nordeste (-6,7%) e Sul (-2,8%), enquanto que a área ser colhida de 49,5 milhões de hectares cresce 1,7%, tendo em vista o incremento na maioria dos estados. Cumpre registrar que as informações da pesquisa do prognóstico representam 66,2% da produção nacional prevista enquanto as projeções realizadas respondem por 33,8% do valor total.

Dentre os seis produtos analisados para a safra de verão, apenas o milho 1ª safra registra variação positiva de 3,7% em relação à produção em 2011. Com variação negativa: algodão herbáceo em caroço (0,3%), amendoim em casca 1ª safra (13,3%), arroz em casca (8,8%), feijão em grão 1ª safra (10,5%) e soja em grão (2,9%). Com relação a área a ser colhida, à exceção do milho 1ª safra e da soja em grão, que apresentam, respectivamente, incrementos de 6,8% e 0,6%, para os demais produtos verificam-se retrações nas áreas a serem colhidas: algodão herbáceo em caroço (-2,4%), amendoim em casca 1ª safra (-1,6%), arroz em casca (-4,9%) e feijão em grão 1ª safra (-1,6%).

ALGODÃO EM CAROÇO – O primeiro prognóstico da produção de algodão em caroço é da ordem de 5.046.602 toneladas, contra 5.059.840 toneladas obtidas em 2011, indicando uma pequena retração 0,3% tendo em vista que a área plantada ou a plantar de 1.367.785 hectares sofreu uma queda de 2,4%.

ARROZ – A produção esperada de 12,3 milhões de toneladas é 8,8% inferior à obtida em 2011. Este decréscimo se deve, notadamente ao Rio Grande do Sul, principal produtor, com 66,9% de participação na produção nacional, que indica uma produção esperada 8.214.000 toneladas, mostrando uma queda de 8,1% relativamente a do ano em curso. A área plantada de 1.110.000 hectares cai 5,2% devido ao baixo preço do produto e à falta de água nas barragens em parte do estado. Mato Grosso, maior produtor deste cereal no Centro-Oeste, informa uma retração na área cultivada de 18,0%.FEIJÃO 1ª safra – A 1ª safra do feijão aponta para uma produção de 1,7 milhão de toneladas, 10,5% aquém da alcançada em 2011. A área plantada ou a plantar, de 2.232.705 hectares, apresenta redução de 4,3%. No Paraná, maior produtor nacional com participação de 26,3%, a área plantada de 270.519 ha e a produção esperada de 458.689 t são menores que as registradas em igual período de plantio em 2011 em 21,4% e 14,0%, respectivamente.

MILHO 1ª safra – Para o milho 1ª safra espera-se uma produção de 35,6 milhões de toneladas, 3,7% maior que a de 2011 devido à expansão de 5,3% na área de cultivo, estimada em 8.079.516 ha, já que o rendimento médio 4.402 kg/ha é 2,9% inferior. O Paraná, nessa primeira avaliação, retomou a posição, perdida para Minas Gerais em 2011, de maior produtor neste período de plantio, com participação de 20,5%, apontando incrementos na área (18,9%) e na produção (19,4%).

SOJA – O prognóstico inicial de soja, para 2012, de 72,7 milhões de toneladas, indica uma variação negativa de 2,9% em comparação ao volume informado para 2011. A área a ser colhida mostra um acréscimo de 0,6%, enquanto o rendimento esperado apresenta queda de 3,5%, sendo, 24,2 milhões de hectares e 3.003 kg/ha, respectivamente. O crescimento da área cultivada dá-se, principalmente, no Mato Grosso, maior produtor nacional, que ampliou seu cultivo em 3,6% sendo estimados 6.689.725 ha plantados para uma produção esperada de 21,4 milhões de toneladas, 2,8% maior. No Paraná, segundo maior produtor, a área plantada de 4.397.111 ha e a produção esperada de 14.147.931 t são inferiores em 3,9% e 8,4%, respectivamente.