Redação (24/11/2008)- As sete principais culturas plantadas em São Paulo na safra de verão deverão ocupar 1,4 milhão de hectares nesta temporada 2008/09, 4,4% mais que em 2007/08 (1,3 milhão de hectares), de acordo com levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA), vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado.
Do universo pesquisado, o maior aumento relativo para este "plantio das águas" paulista é o estimado para o feijão. Segundo o IEA, serão 85.293 hectares, 32,3% mais que no ciclo anterior, num salto motivado sobretudo pelo incremento da demanda e, consequentemente, também dos preços. O instituto lembra que, em São Paulo, a saca de 60 quilos do feijão carioquinha quase dobrou no ano.
A batata das águas também ocupará mais espaço. Serão 10.367 hectares, 8,4% acima da área de 2007/08. Trata-se de um produto que normalmente apresenta fortes oscilações de preços, mas, na média, seus preços também mostraram-se atraentes.
Milho e soja, cujas cotações recuaram significativamente nos mercados internacional e doméstico nos últimos meses, também deverão avançar em terras paulistas na safra 2008/09, sempre conforme o levantamento do IEA.
Para o milho o aumento previsto é de 4,6%, para 720.873 hectares, enquanto para a soja a estimativa é de incremento de 2,1%, para 464.922 hectares.
Em termos de área, são as duas principais culturas estaduais depois da cana, que ocupa 4,5 milhões de hectares e responde por mais de 30% do valor bruto da produção em São Paulo, que deverá totalizar R$ 37,7 bilhões em 2008, segundo o mesmo IEA.
Para os demais produtos da safra das águas, o instituto prevê redução de área. A maior será a do algodão, que deverá ser plantado em 21.361 hectares, 6,2% menos que em 2007/08. A área do amendoim das águas deverá encolher 3,4%, para 63.762 hectares, e a do arroz tende a recuar 1,2%, para 20.357 hectares.
Para efeito de comparação, na sexta-feira, a Safras&Mercado divulgou nova estimativa para a produção nacional de grãos nesta safra 2008/09. Serão, segundo a consultoria, 140,5 milhões de toneladas, 1% menos que em 2007/08.