Da Redação 18/11/2004 – O município gaúcho de Santiago, na Região Central, registra mais um foco de ferrugem asiática no Rio Grande do Sul. A presença do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da doença, já havia sido constatada nas cidades gaúchas de Sananduva e Nonoai. O caso de Santiago foi confirmado, nesta quarta, dia 17, segundo a Cooperativa Tritícola que abrange as cidades de Santiago, São Borja e Santa Maria. O teste com o material foi realizado pela Universidade Federal de Santa Maria.
A ferrugem se desenvolveu em uma planta germinada voluntariamente, conhecida como soja guacho. A semente teria caído durante o transporte e crescido em um terreno baldio pequeno dentro da cidade.
Em todo o Rio Grande do Sul, foram colocadas sentinelas científicas, terrenos 4X4, mas o fungo não foi constatado. A contaminação ocorre pela polinização provocada pelo vento. A perda provocada pela ferrugem asiática pode atingir 70% da produtividade.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) identificou os primeiros sintomas de ferrugem asiática na safra 2004/2005 da soja em outros três Estados Paraná, Mato Grosso e Goiás.
As áreas onde foram constatados os focos não são de plantio comercial, mas sim de soja voluntária ou em unidades de alerta participantes do Consórcio anti-ferrugem da Embrapa, que reúne áreas de plantio em todo o país onde são realizados testes e monitoradas as condições da safra.