Os números do terceiro levantamento de grãos divulgado nessa terça-feira (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmam safra histórica de soja para Mato Grosso, tanto em área como em produção, para a temporada 09/10. Os números apontados pela Companhia estão em linha com os levantamentos apresentados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea).
Se as condições climáticas e as pragas e doenças comuns à cultura permitirem, serão mais de 18 milhões de toneladas, numa área de 6.139,4 milhões de hectares praticamente 100% semeada. E a expectativa é de que o Estado também lidere o ranking na produção geral de grãos, já que pouco mais de um milhão de toneladas o separa do Paraná que este ano volta a frente na disputa pelo título de maior produtor nacional de grãos, que em 2008 ficou com Mato Grosso.
Após sérios problemas climáticos, o Paraná deverá ampliar em 15% a sua produção, ultrapassando mais de 28,89 milhões de t, contra 27,72 milhões de t previstas ao Estado.
O levantamento traz ainda dados das culturas do arroz, do algodão e do milho, este último, de acordo com a Conab, deve manter a área plantada e apesar da queda na produção, poderá manterá a mesma safra superlativa como a registrada em 2008. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Rui Ottoni Prado, já havia previsto uma safrinha recorde ao lembrar que o milho “é a melhor cultura para a rotação no plantio de soja e o produtor não tem como fugir muito disso”.
Soja – O incremento é observado em todas as unidades da federação que produzem a oleaginosa, destacando-se o estado do Paraná onde se prevê um crescimento de 313,3 mil hectares, seguido de Mato Grosso, 311,2 mil hectares, do Rio Grande do Sul, 188,1 mil hectares e do estado de Goiás, com crescimento de 161,5 mil hectares.
Os principais fatores que induziram o produtor a ampliar a área de cultivo da soja, segundo a Conab, são o menor custo por hectare, comparativamente ao do milho, principal concorrente, baixos preços do milho, a maior liquidez da oleaginosa, cultura mais resistente à estiagem e o cultivo menos oneroso do que o do milho.
Brasil -Os números do terceiro levantamento de grãos divulgado nessa terça-feira (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmam safra histórica de soja para Mato Grosso, tanto em área como em produção, para a temporada 09/10. Os números apontados pela Companhia estão em linha com os levantamentos apresentados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea).
O estudo mostra que, se houver manutenção da área e condições climáticas favoráveis nas regiões de maior plantio, a soja deve chegar a 64,5 milhões de toneladas, número recorde e 12,9% maior que no ano passado, 57,16 milhões de toneladas.
O plantio das principais culturas de verão (algodão, arroz, feijão primeira safra, milho primeira safra e soja), para a safra 09/10, caminha para a sua definição. Neste terceiro levantamento estima-se que a área a ser plantada, atinja 47,97 mil hectares.
A maioria das culturas pesquisadas apresenta redução de plantio exceto a da soja. Em termos absolutos, o milho apresenta a maior retração, 909,7 mil hectares, justificada pelos baixos preços do produto no mercado e pelo volume ainda não comercializado, sobretudo na região Centro-Oeste e no Paraná.
Para o algodão, verifica-se redução em todos os estados da região Centro-Sul. A baixa cotação no mercado interno e externo constituiu-se no principal fator para a diminuição da área de cultivo.
A área destinada ao arroz sofre retração de 2%, correspondendo a 58,3 mil hectares. A maior redução está no Centro-Oeste (menos 40,1 mil hectares), onde predomina o arroz de sequeiro, sendo mais significativa no Mato Grosso (menos 22,4 mil hectares). Na região Sul, a redução está localizada no Rio Grande do Sul, face às dificuldades do plantio decorrentes do excesso de chuvas.
A soja apresenta crescimento de 6% na área a ser cultivada o que representa um incremento de 1,30 mil hectares. O menor custo por hectare, comparativamente ao do milho, a maior liquidez no mercado, maior resistência à estiagem, são fatores que justificam a substituição do milho pela oleaginosa.