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Safrinha recorde de milho alivia mercado no Sul do Brasil

<p>O Paraguai alivia mercado com safra do milho que é de 1,3 milhões de toneladas, a maior da história.</p>

Redação (20/10/06) – O Paraguai está trazendo uma informação tranqüilizadora para o agitado mercado de milho: de acordo com Mauro Lopes, especialista em agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, a safrinha paraguaia do produto foi de 1,3 milhão de toneladas, a maior da história.

Com este produto, fica mais fácil atender aos mercados do oeste de Santa Catarina e Paraná, que compram o produto que vem do Paraguai com vantagens, pelo custo do frete. Essa informação é importante no momento em que se esboçava uma crise no setor, afirma Lopes.

Ele lembra que o frete médio para transporte de milho é de R$ 0,08 por tonelada. Nesse valor, a soja trazida do Paraguai para o Paraná e Santa Catarina sai ao preço de R$ 36,80 por t. A outra opção de fornecimento do produto é Santa Fé, na Argentina, que fica a 1.100 km dos dois estados, o que eleva o custo do frete a R$ 88 por t.

O presidente da Coopercentral Aurora, de Chapecó (SC) José Zeferino Pedrozo, confirma que o Paraguai é uma boa opção, principalmente para os produtores do oeste do estado, como é o caso da Aurora.

Além das importações, as agroindústrias do oeste de Santa Catarina e Paraná e até os produtores de Goiás têm recorrido à oferta de milho de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No Paraná, que é o maior produtor de milho do País e tradicional fornecedor dessas regiões, os estoques de milho não chegam ao mercado.

O estado ainda tem cerca de 2 milhões de toneladas de milho para fornecer a outros estados até a próxima safra, mas os compradores não oferecem preços atraentes, explica o gerente econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra. A migração das grandes empresas de aves e suínos para o Centro-Oeste tornou atraente trazer milho de lá para os produtores integrados de Santa Catarina, acrescenta o vice-presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio Luiz de Lorenzi.

Segundo ele, fatores logísticos e tributários incentivam a operação. O transporte de milho para Santa Catarina evita o tráfego de caminhões vazios, o que diminui o custo de frete, e facilita a compensação de impostos entre estados.