No noroeste de São Paulo, os agricultores não sabem mais o que fazer pra amenizar os prejuízos causados pela seca. Nem mesmo as plantações mais resistentes à estiagem conseguiram se desenvolver.
A seca também acabou com os 14 hectares de milho da propriedade de Gaspar Vidal. Ele esperava colher 2 mil sacas do grão e com o lucro pagar os R$ 23 mil que financiou para investir na lavoura. Para não perder tudo, a saída está sendo fazer silagem para o gado.
Na tentativa de conseguir quitar as dívidas, Gaspar Vidal plantou 12 hectares de sorgo, no final de março. A lavoura já está quase pronta para ser colhida e a chuva ainda não veio.
Em alguns pontos da lavoura, o reflexo da estiagem é visível. Em um deles, por exemplo, algumas plantas sequer cresceram o suficiente para produzir. “Choveu só na hora que plantamos, mas ainda bem que Deus ajudou e produzimos um pouco”, diz.
O agricultor diz que vai colher apenas 40% do que esperava da lavoura de sorgo.