Da Redação 13/01/2004 – Os agricultores que tiveram perdas das lavouras por causa da seca no Rio Grande do Sul poderão contar com mais uma ajuda nesta safra: além de garantir o financiamento, o Banco do Brasil vai disponibilizar uma indenização.
A lavoura de milho do agricultor Dionir Sostisso foi toda financiada. Mas para evitar o risco de não ter como pagar a dívida se houvesse uma seca, ele fez o ProAgro, uma espécie de seguro para quem participa do Pronaf. Por causa da estiagem, ele calcula que haverá uma quebra de até 70% na lavoura.
Em caso de estiagem o ProAgro garante o pagamento da dívida do financiamento ao banco e repassa aos agricultores uma parcela de 65% da renda estimada na lavoura em um valor máximo de R$ 1,8 mil.
O ProAgro existe há 20 anos. Mas pela primeira vez, além de pagar o banco, o seguro vai indenizar o agricultor.
“É um avanço. Mas ele tem de avançar ainda mais para o produtor. O valor máximo ainda é muito baixo. Isso significa muito pouco para o agricultor viver durante o ano” disse Eloir Griselli, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar.
O Banco do Brasil está orientando os produtores sobre como encaminhar as indenizações. O primeiro passo é comunicar rapidamente a agência ou a cooperativa de crédito onde foi feito o Pronaf. Mas o mais importante é esperar a vistoria antes de modificar a lavoura.
“Ele deve procurar o Banco do Brasil e comunicar a situação para que o técnico vá à propriedade e faça uma perícia, liberando a área para um novo plantio” explicou Vilmar Basso, gerente do Banco do Brasil.
Até agora, cento e sete municípios gaúchos decretaram situação de emergência por causa da seca.