O presidente da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Alécio Maróstica, e técnicos da entidade receberam no dia 1º de junho de 2010, representantes das Defesas Sanitária dos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Distrito Federal e Bahia, para discutir saídas para o controle da ferrugem asiática, que atinge as lavouras de soja. Ficou para 2011 a uniformização do calendário entre os Estados produtores de grão. Segundo Maróstica, ficou decidido que devido ao pouco tempo que resta para o início do vazio, não será possível uniformizar o calendário para este ano, pois não daria tempo de avisar os produtores. Outro motivo é que os pesquisadores não recomendam mudanças na data de plantio. Devido a esses pontos, as datas permanecerão como no ano passado em todos os Estados.
Em Goiás, o vazio será de 1º de julho a 30 de setembro. Os representantes estaduais acordaram que a partir deste ano, todos deverão aprimorar as ferramentas de controle da ferrugem, para que seja mais eficientes e mais baratas. De acordo com os pesquisadores, há variedade de fungos resistentes aos fungicidas mais comuns no mercado, devido a isso as ocorrências devem ser comunicadas às defesas sanitárias o mais rápido possível. Outro ponto relevante discutido na reunião, é que a ferrugem só ataca lavouras a partir do Centro-Oeste. Nas regiões Sul e parte do Sudeste, a doença não se prolifera devido ao frio.
Os representantes estaduais também acordaram que as reuniões dos grupos deverão ser realizadas ao menos uma vez por ano, para rever os dados de infecção e decidir as próximas estratégias conjuntas de ataque. Também será discutido nos próximos encontros o plantio de soja para produção de semente em área irrigadas durante a safrinha. Segundo Maróstica, no futuro essa produção poderá deixar de existir se for verificada que há relação entre as infestações de fungos na produção de soja para semente e na soja plantada para o consumo.