Da Redação 07/08/2002 – O produtor de soja brasileiro é um dos mais competitivos do mundo. A tecnologia permite que o país obtenha altos índices de produtividade e reduza os custos de produção dentro da fazenda. Mas as vantagens competitivas se perdem ao longo do caminho. Um estudo da Conab demonstra que o produto chega ao destino final mais caro que o concorrente.
O estudo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) se baseia na cadeia produtiva da soja em Mato Grosso. O estado representa 25% da produção nacional de soja, com 11 milhões de toneladas. A pesquisa constatou que a produtividade da soja brasileira é maior que nos Estados Unidos e na Argentina.
Enquanto no Brasil o índice chega a 3 mil quilos por hectare, os produtores argentinos alcançam a média de 1.600 quilos por hectare e os norte-americanos 2.700 quilos por hectare. O custo de produção no Brasil é 40% menor que nos Estados Unidos, e 15% menor que na Argentina.
O chamado custo Brasil repercute no valor final do produto. Em maio de 2002, a tonelada de soja brasileira chegava na Europa por US$ 203. A soja americana custava US$ 199, e a Argentina US$ 190.