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Insumos

Soja BRS Estância RR

Última novidade da Embrapa alia precocidade, sanidade e produtividade. Sojicultores da região Sul e parte de SP já podem adquirir o insumo.

Soja BRS Estância RR

Os produtores da Região Sul e de parte de São Paulo já podem adquirir sementes da última novidade da Embrapa, a BRS Estância RR, considerada a cultivar de soja mais precoce lançada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Desenvolvida pela Embrapa Trigo em parceria com a Fundação Pró-Sementes de Apoio à Pesquisa, a cultivar é comercializada pelo Escritório de Negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia em Passo Fundo (RS).

Além da precocidade, a nova variedade tem como destaques a resistência a doenças e o alto rendimento, três características muito valorizadas pelos produtores da oleaginosa. Com relação ao período de maturação, a BRS Estância RR alcança a pontuação 6.1, bem mais precoce do que a maioria das cultivares, classificadas em 7.

“Uma das maiores tendências dos produtores de soja atualmente é a busca por ciclos cada vez mais curtos. Isso se deve principalmente ao problema de doenças, como a ferrugem. Para os agricultores, quanto mais cedo é feita a colheita, menor é a probabilidade do ataque de doenças”, destaca o pesquisador Paulo Fernando Bertagnolli, da Embrapa Trigo.     

A BRS Estância RR é resistente ao acamamento é às principais doenças que afetam a região, como a podridão do talo da haste, a pústula bacteriana Kamila Pitombeira, o cancro da haste, a mancha olho-de-rã e a podridão radicular de fitóftora. Outra característica da nova cultivar é o bom tipo agronômico, pois a planta é mais baixa que as demais desenvolvidas pela Embrapa.

O cultivo da BRS Estância RR é indicado para todo o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, leste do Paraná e uma parte de São Paulo. Segundo Bertagnolli, a produtividade varia conforme o solo. “Isso depende do ambiente, ou seja, da quantidade de nutrientes no solo. Mas ela tem um bom potencial produtivo e pode chegar a 75 sacas por hectare”, afirma. O custo, ainda de acordo com o pesquisador, é compatível com o preço das demais cultivares disponíveis no mercado.