Redação (04/02/2009)- As chuvas na Argentina e também a melhora nas condições das lavouras no Sul do Brasil motivaram quedas expressivas dos preços da soja no mercado futuro nos últimos dias. Nas sessões de segunda e terça-feira, os contratos com vencimento em maio (que atualmente ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez) acumularam queda de 3,69% na bolsa de Chicago, ou 36,50 centavos de dólar, para US$ 9,5025 por bushel.
Apesar dos recuos, os negócios com a oleaginosa mostram-se bem mais atrativos neste momento da safra 2008/09 que no fim de 2008. Em dezembro, os contratos de soja de segunda posição de entrega desceram ao menor nível desde que, em julho, atingiram sua maior cotação na história.
Na segunda-feira, em seu relatório semanal, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agrícola (Imea) afirmou que "os preços [da soja] em recuperação trouxeram novo fôlego para os produtores, que agora acreditam na possibilidade de sua margem ficar no azul". Esse cenário era tido como pouco provável por produtores e analistas há apenas dois meses.
O Imea ressalva que o preço do grão recuou na semana passada, mas, no acumulado de janeiro, o contrato com vencimento em maio encerrou com cotação média de US$ 10,02 por bushel, uma valorização de 5% desde outubro.
As chuvas na Argentina puxaram os recuos recentes. A alta em janeiro, em contrapartida, teve as "evidências de não-retrocesso da demanda pela oleaginosa" como guia para a alta, segundo o Imea.