Após quebra de safra nos Estados Unidos no ano passado, recuo na América do Sul neste início de ano e nova quebra nos Estados Unidos na safra atual, os preços dispararam.
Atraídos por esses recordes de preço, os brasileiros poderão semear entre 27 milhões e 28 milhões de hectares com a oleaginosa em 2012/13.
Se confirmada essa área, a produção nacional vai beirar os 82 milhões de toneladas e encostar na do líder mundial, os Estados Unidos.
Na esteira da forte seca nos Estados Unidos, a produção brasileira de milho também sobe na safra 2012/13.
As consultorias preveem redução na safra de verão, devido ao aumento da área destinada à soja, mas o plantio volta a subir no inverno.
A AgRural, de Curitiba, prevê área entre 27,5 milhões e 28 milhões de hectares a serem utilizados com soja. Os Estados Unidos plantam 30 milhões. Dentro de uma produtividade média dos últimos dez anos, a safra nacional ficaria entre 81 milhões e 82 milhões de toneladas.
Já as consultorias Céleres e Clarivi estimam áreas de 27,1 milhões de hectares.
Apesar de a soja ganhar espaço, o milho também é visto como produto que dará boa remuneração em 2012/13. Além da forte queda nos Estados Unidos, outras áreas produtoras –Rússia, Índia e Europa– também apresentam problemas climáticos.
O Brasil assumirá papel importante na oferta de grãos no próximo ano. Os Estados Unidos, sem estoques e um dos principais fornecedores mundiais, terão dificuldades até para abastecer seu mercado interno.
Os estoques norte-americanos são suficientes para apenas 15 dias de consumo.
Agronegócio
O Brasil poderá exportar 15 milhões de toneladas de milho no próximo ano, 50% mais do que neste. A previsão foi feita por André Pessôa, da Agroconsult, no seminário da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), realizado ontem em São Paulo.
Recursos
Já o BNDES informou no evento que as liberações de recursos para financiar projetos do programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) cresceram 199% de julho de 2011 a maio de 2012, quando atingiram R$ 1,1 bilhão.
Insumos
Pelo menos 60% das vendas de insumos agropecuários passam pelo segmento de distribuição, incluindo revendas e pontos de venda.
Crescimento
É o que mostra pesquisa realizada pela Andav (associação dos distribuidores desse segmento). O setor deverá crescer 5% neste ano. Em 2011, foram comercializados R$ 7 bilhões, segundo Marco Antonio Nasser, presidente da entidade.