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Soja em alta

Renda líquida por hectare de soja pode chegar a R$ 840 no Rio Grande do Sul. Na última sexta (4), cotação fechou em 14,5 dólares o bushel.

Soja em alta

Se o clima colaborar até março, o sojicultor gaúcho poderá colher com rentabilidade histórica. Conforme a AgRural, os altos preços em Chicago combinados com a previsão de boa safra devem resultar em renda líquida de R$ 840 por hectare, margem de 88% considerando o custo variável. No ciclo anterior, o valor foi de R$ 715,00, com 68% de rentabilidade. Segundo a analista da AgRural, Daniele Siqueira, a forte valorização em Chicago tem anulado o impacto do dólar baixo, o que favorece o produtor. Apesar do cenário positivo, o diretor comercial da Cotrijal, Irmfried Schmiedt, prega cautela. “Ao que tudo indica, o produtor terá bom rendimento, mas esse resultado oscila.”

Na semana que passou, houve comercialização antecipada da safra 2010/11 no Estado por R$ 50,00 a saca para pagamento em maio. Nesta mesma época em 2010, o preço era de cerca de R$ 40,00. O presidente da Comissão de Grãos da Farsul, Jorge Rodrigues, também alerta que é cedo para euforia. “A perspectiva é de manutenção dos atuais preços, mas o clima tem que contribuir.” Ele acrescenta que a lavoura ainda precisa passar pelas fases críticas de desenvolvimento e floração. Conforme o relatório conjuntural da Emater, dos 4,08 milhões de hectares cultivados, 30% estão em desenvolvimento vegetativo e 44% em floração.

Na última sexta-feira (4), a cotação em Chicago fechou em 14,5 dólares o bushel para julho, ficando atrás somente do recorde registrado em julho de 2008, de 16 dólares o bushel. A retomada de preços mundiais ocorre porque os Estados Unidos têm previsão de estoques finais de 3,8 milhões de toneladas, sendo a relação estoque/consumo de 4,2%, a mais baixa da história do país. Além disso, segundo Daniele, há previsão de uma safra menor na Argentina.