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Soja em baixa

Cotação da oleaginosa está abaixo US$ 9 por bushel. Nos Estados Unidos, produtores estão apreensivos com o mercado.

Soja em baixa

Depois de ter comprado quase 22 milhões de toneladas de soja desde setembro no ano passado, um volume 33% superior ao do ano passado, os chineses na última quinta-feira cancelaram as compras de 192 mil toneladas e acabaram por assustar o mercado, já que o relatório semanal se mostrou negativo pela primeira vez do ano. Foi uma surpresa e uma pancada no mercado a perda de quase 30 pontos na quinta-feira. Aliás, o curioso é que toda quinta-feira agora é de perdas expressivas em Chicago. Foi assim nas últimas quatro semanas.

O sentimento dos traders em Chicago continua pra lá de negativo. Só se fala em US$ 8 por bushel ainda neste primeiro semestre. Bushel é um padrão de medida norte-americano equivalente a pouco mais de 27 quilos.

Tecnicamente, o grande suporte do mercado está no gráfico mensal que mostra uma linha desde o final de 2006 até agora, passando pelas mínimas do último trimestre de 2008 e 2009. Se segura. É importante a marca de US$ 9,11 por bushel (mínima do ano). “Se romper, visitaremos as mínimas de 2009 a US$ 8,78, este sim uma grande muralha na minha opinião”, frisa Fernando Muraro, analista da AgRural.

Como ele completa, o movimento de baixa foi capitaneado pelas notícias antigas relacionadas à safra sulamericana, pelo cancelamento de compras chinesas dos EUA e pelo desinteresse dos fundos pela soja.

“Em terras brasileiras, só se fala em 67 milhões de toneladas. Na vizinha Argentina, ninguém fala em menos de 53 milhões de toneladas. O continente que mais planta e colhe soja no mundo está colhendo belos frutos em um ano de El Niño. Tudo ao contrário do ano passado quando, por aqui, foram perdidos 30 milhões de toneladas”.