Da Redação 24/06/2005 – Os agricultores brasileiros já podem contar com as primeiras versões de sementes de soja transgênica resistentes ao herbicida glifosato. As três novas cultivares, apelidadas de Baliza, Silvânia e Valiosa, que foram apresentadas quinta, dia 23, em Planaltina (DF) pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), consumiram cerca de US$ 3 milhões de investimentos privados e demoraram sete anos para ficarem prontas.
As vantagens são que as sementes podem reduzir os custos para o produtor, aumentar a produtividade e causar menos impactos ambientais explicou um dos coordenadores da pesquisa, Plínio Itamar de Souza.
Segundo os agricultores que plantam soja na região do Cerrado, localidade onde as três cultivares foram adaptadas, as novas sementes poderão melhorar o manejo das lavouras.
Teremos como reduzir as ameaças de áreas problemáticas, onde as ervas daninhas são mais incidentes disse o engenheiro agrônomo, Homero Pessoa, que planta soja há mais de 20 anos no Cerrado.
Alguns produtores alegam que o grão transgênico pode ser menos produtivo que o convencional. Entretanto, pesquisadores e especialistas em melhoramento genético dizem que a soja geneticamente modificada só é menos produtiva quando cultivada com sementes piratas e sem certificação.
Com a aprovação da Lei de Biossegurança, não tenho dúvidas que as pesquisas com sementes transgênicas vão aumentar e o número de projetos nessa área também comentou o diretor-executivo da Embrapa, José Geraldo Eugênio.
Além da soja geneticamente modificada, a Embrapa, em parceria com multinacionais, está fazendo estudos para gerar duas novas tecnologias: sementes mais resistentes à seca e ao herbicida imidazolinona.