As importações de soja da China caíram para 2,75 milhões de toneladas em setembro, o menor nível desde outubro do ano passado. Para analistas, trata-se de uma necessária, porém breve, pausa na febre compradora chinesa este ano. As importações caíram pelo terceiro mês seguido, após alcançarem o recorde de 4,7 milhões de toneladas em junho. O recuo respondeu à estratégia de Pequim de desacelerar o acúmulo de estoques, fator que segue vivo e deve reduzir ainda mais as compras em outubro.
Em agosto, as importações da China, principal destino das exportações mundiais de soja do planeta, atingiram 3,13 milhões de toneladas, até um pouco acima das estimativas iniciais do Ministério do Comércio do País.
O aperto da oferta da Argentina, terceiro maior exportador de soja do mundo, foi um dos fatores que levaram os chineses a desacelerar as importações, disseram traders. Mas a expectativa é que a demanda pela soja produzida nos Estados Unidos no ciclo 2009/10, que já está entrando no mercado, aumente a partir do fim deste mês ou início do próximo.
As projeções de mercado sinalizam que as importações de outubro vão cair para 2,5 milhões de toneladas ou mesmo abaixo de 2 milhões, mas que em novembro e dezembro as compras deverão exceder 4 milhões de toneladas em cada um dos meses.
Os preços mais baixos na bolsa de Chicago devido à boa colheita nos EUA têm estimulado compradores a encomendar amplos volumes da nova safra. Nos primeiros nove meses do ano, as importações chinesas de soja subiram 12,8%, para 32,4 milhões de toneladas.