Redação (16/01/2009)- As perdas na safra de soja Argentina e a previsão de que, por isso, as exportações americanas vão crescer, contribuíram para alta nas cotações do grão na Bolsa de Chicago (CBOT). O contrato com vencimento em março subiu 3,2%, encerrando o pregão em US$ 10,0325.
Os exportadores nos Estados Unidos, maior país produtor e fornecedor de soja do mundo, divulgaram vendas de 1.362 toneladas na semana encerrada em 8 de janeiro, a maior cifra desde os sete dias encerrados em 23 de outubro de 2008, segundo dados do Departamento de Agricultura norte-americano. O clima seco na Argentina nos próximos dez dias e as altas temperaturas previstas para a próxima semana irão erodir o solo, informou John Dee, presidente da Global Weather Monitoring em Mohawk, em Michigan.
As exportações "deverão nos ajudar a nos refazer, assim como o clima sul-americano", disse Anne Frick, analista sênior de oleaginosas na Prudential Financial, em Nova York . "A colheita no sul do Brasil, especificamente no Paraná, parece estar ameaçada, o que vai contra a idéia de que as chuvas recentes ajudam a recuperar as lavouras", disse o analista.
Até antes de ontem o contrato mais ativo recuara 41% frente a um recorde de US$ 16,3675 em 3 de julho de 2008.
Já os papéis do milho para março encerraram o pregão de ontem em US$ 3,6525 o bushel, leve queda de 0,34%. O milho é a maior colheita nos Estados Unidos, avaliada em um recorde de US$ 52,1 bilhões em 2007, seguida pela da soja em US$ 26,8 bilhões segundo dados do governo. Apesar da quebra de safra na Argentina, o trigo em Chicago teve queda de 0,9%.