Redação (21/08/2008)- A cadeia da soja ganha mais espaço no governo federal com a instalação da Câmara setorial da Soja, uma reivindicação antiga dos sojicultores defendida pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT). A cerimônia de criação será no dia 2 de setembro e terá a presença do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Reinhold Stephanes.
O ministro confirmou presença aos diretores da entidade que fez o convite pessoalmente, durante reunião ocorrida na tarde desta quarta-feira (20), em Brasília/DF.
De acordo com o presidente da Câmara setorial, Rui Prado, a Câmara da Soja é um importante avanço ao setor, que está bem organizado e altamente profissionalizado tanto no âmbito regional quanto no nacional e internacional. Prado preside também a Aprosoja Brasil.
“Há mais de quatro anos lutávamos por um espaço no ministério para a soja, item que responde por 100% do superávit da Balança Comercial, por isso precisa ter voz”, afirmou Prado.
O presidente da Aprosoja-MT, Glauber Silveira, reiterou ainda que o setor está alinhado e com um novo modelo de entidade representantiva. “Estamos nos organizando com uma nova proposta classista, que pensa e trabalha com a visão em cadeia. Um dos avanços em conjunto é o manual de boas práticas agrícolas e ambientais. Estamos sendo proativos. ”, ponderou.
Ministro parabenizou a iniciativa e disse que este é o caminho de um setor forte. “Os produtores estão certo em adotar mecanismos que agregam valor à produção com a profissionalização e fortalecimento da cadeia”, observou Stephanes
Decreto de crimes ambientais – Glauber Silveira criticou o decreto 6514, que regulamenta a lei de crimes ambientais. Segundo ele, prejudica a produção mato-grossense. Ministro informou que tem mantido reuniões constantes com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e muitos pontos do documento estão sendo revisados para que haja entendimento entre os dois lados.
Mina de fosfato
Em busca de alternativas que reduzam o custo de produção, a Aprosoja-MT começa desenvolver projeto para estudar reserva de fosfato, em terras de agricultores. O valor inicial projetado para iniciar as pesquisas é de R$ 1,5 milhão. O ministro adiantou que o governo tem interesse em investir e a liberação dos recursos poderá ser feito via Ministério.