Da Redação 18/06/20-04 – 06h29 – Nesta safra, o Estado deve colher 737 mil toneladas do grão. Quase 100 mil a mais do que no ano passado.
A área passou de 40 para 50 mil hectares. A explicação para aumento da área plantada está no clima.
Um longo período de chuvas este ano, atrasou a colheita da safra de verão e inviabilizou o plantio do milho na safrinha.
Foi o que aconteceu na fazenda de seu José Roberto Brucelli. O agricultor investe no sorgo há 15 anos, mas a opção só é feita a partir do mês de março. O grão é um substituto do milho na produção de ração animal.
Este ano, foram plantados 600 hectares. Como o tempo ajudou, o produtor espera uma boa produtividade: de 50 sacas por hectare.
O único problema foi o ataque da lagarta do cartucho, mas a praga já foi controlada. Até o começo da colheita o produtor acredita na melhora do preço do produto.
“O sorgo é cangado com o preço do milho. Ele sempre vale de 70 a 80% do preço do milho. Se o preço do milho estiver bom o preço do sorgo é bom, se o preço do milho estiver ruim, o preço do sorgo é ruim”, diz José Roberto.
Numa outra fazenda, o sorgo ocupa 800 hectares. São quatro variedades diferentes.
O rendimento da lavoura deve ser melhor do que o do ano passado e o agricultor já conseguiu vender até seis mil sacas antecipadamente.
“Conseguimos deixar ele secar no campo, não tem tombamento por causa do vento, é muito difícil ter, e mesmo que houver a gente colhe e ainda tem o problema da secagem que o milho sempre tem que passar por secador. O sorgo não precisa, então, a gente comercializa direto”, diz José Quiste, agricultor.
Goiás é o maior produtor de sorgo do país, com mais de 40% da produção nacional.