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Subvenção de milho

Após ajudar vendas do cereal através de leilões PEP, o Governo estuda subvenção de milho através do mercado futuro.

Subvenção de milho

Depois do auxílio da comercialização através dos leilões Prêmio Escoamento do Produto (PEP) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (Mapa) estuda a possibilidade de subvencionar a compra de milho por meio do mercado futuro. Só em Mato Grosso, mais de sete milhões de toneladas foram vendidas este ano nos leilões da Conab. A idéia da subvenção da aquisição foi apresentada na última reunião conjunta das Câmaras Setoriais de Aves e de Suínos, em Brasília.

Segundo o coordenador-geral de Cereais e Culturas Anuais do Mapa, Sílvio Farnese, ainda não há definições, mas já foram realizadas conversas com a BM&FBovespa e o Banco do Brasil para criar uma ferramenta de subvenção. “A lógica seria muito próxima da aplicada no Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), mas usando instrumentos da bolsa”.

Para o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Odacir Klein, a medida seria uma forma de garantir remuneração ao produtor, o que, em parte, auxiliaria a manutenção de agricultores na atividade.

O dirigente ainda destacou que o Brasil não pode continuar com o cenário de total desestímulo ao plantio da primeira safra. Segundo ele, as diferentes regiões produtoras do País estão contabilizando redução de área plantada e consequentemente de produção.

“Não há política de garantia de preços, somente na segunda safra quando são usadas as ferramentas como PEP e Pepro”, contesta. “Infelizmente se passa metade do ano com preço achatado”.

No encontro o diretor de mercado da Abipecs, Jurandir Machado, apresentou os cenários do mercado de carnes que prevê aumento de produção de bovinos (6,6%), aves (27,1%) e suínos (18,8%) de 2006 até 2012.

PREÇOS – O movimento de alta nas cotações de grãos no mercado internacional também influenciou os preços internos do milho, que estavam deprimidos no primeiro semestre em função da ampla oferta nacional. Segundo levantamento, em Sapezal (480 Km a Noroeste de Cuiabá), os preços já subiram entre R$ 2 e R$ 3/saca sobre os R$ 7,90/saca registrados há cerca de 60 dias, antes das primeiras notícias de quebra da safra russa.

“Em Mato Grosso, além dos leilões de prêmio de escoamento do governo, os produtores também poderão se beneficiar do aumento de exportações”, dizem os especialistas.

No Sul, devido a informações que resultaram na alta dos preços internacionais, a tendência para a safra de milho 2010/2011 é de redução nas áreas de plantio. As primeiras estimativas apontam uma redução na casa dos 5,80% quando comparado com as mesmas áreas no ano passado.

A previsão de estiagem para o fim do ano deixou os produtores mais prudentes com a lavoura, e o milho registrou redução recorde da área plantada.

As informações do efeito La Niña preocupam os produtores. Neste mês de agosto, a diminuição das chuvas já pode ser percebida, embora o alerta aponta para o final do mês de setembro em diante.

Ao mesmo tempo em que promete manter o tempo seco, a La Niña aumenta a probabilidade de ocorrências de frios tardios entre agosto e setembro, ou seja, a germinação pode ser prejudicada.