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Termo de compromisso para plantar transgênicos

Os agricultores que pretendem plantar a soja transgênica, no RS, já estão assinando um documento, no qual assumem os eventuais prejuízos que ela possa trazer a terceiros, aos vizinhos e também ao meio ambiente.

Da Redação 13/10/2003 04h55 – Os agricultores que pretendem plantar a soja transgênica, no Rio Grande do Sul, já estão assinando o chamado termo de compromisso. O termo é uma exigência prevista na medida provisória que liberou o plantio da soja transgênica na próxima safra. Nele, o agricultor se compromete a assumir os eventuais prejuízos que ela possa trazer a terceiros, aos vizinhos e também ao meio ambiente.

O agricultor Hélio Werlang já pegou no Banco do Brasil R$ 190 mil para financiar o plantio dos 400 hectares de lavoura. Para isso, assinou no mês passado um documento dizendo que não iria plantar transgênico. Com a liberação do governo federal. Ele mudou de idéia e foi ao banco assinar o termo de compromisso para plantar a soja modificada. “Eu não vejo problema algum na planta do transgênico. Estou tranqüilo quanto a isso”, disse Werlang.

O Banco do Brasil está vinculando a concessão do crédito de custeio da soja à assinatura do termo de compromisso. Quem não assina, não pode entrar com pedido. Na agência do Banco do Brasil de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, foram financiados mais de R$ 20 milhões para 500 agricultores. O valor representa cerca de 95% da demanda do município. O gerente da agência, Luiz Maehler, explicou a posição do banco. “Nós temos de exigir a assinatura desse termo. Caso contrário, não estaríamos cumprindo a medida provisória do governo. E não cumprindo, como temos de nos reportar ao Manual do Crédito Rural, não temos como conceder o financiamento”, justificou Maehler.