Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

UE proíbe importação de produtos infantis chineses contendo soja

<p>Produtos da China foram contaminados por melamina, composto químico utilizado na fabricação de plásticos.</p>

Redação (04/12/2008)- A Comissão Européia, braço executivo da União Européia (UE), proibiu hoje a importação de produtos da China que contenham soja. A medida é válida para alimentos destinados a bebês e crianças e foi tomada por causa das recentes descobertas de mais produtos chineses contaminados por melamina, um composto químico utilizado na fabricação de plásticos. Em bebês, a substância leva à formação de pedras nos rins e pode provocar insuficiência renal grave.

Além dos produtos infantis, a Comissão determinou que todos os produtos e rações animais provenientes da China e que contenham soja terão que passar por testes para identificação de melamina. Apenas itens com menos de 2,5 miligramas da substância por quilo poderão ser importados pelos 27 países que compõem a UE.

No final de novembro, uma companhia importadora de alimentos da França informou que testes realizados em 300 toneladas de farelo de soja da China, que seriam utilizados na criação de frangos orgânicos, resultaram positivo para melamina. A carga testada continha 116 miligramas do produto por quilo, 46 vezes mais que o limite permitido.

As medidas anunciadas hoje ampliam as restrições impostas pela UE em outubro. No ano passado, o bloco importou cerca de 68 mil toneladas de vários produtos à base de soja, ou que continham a oleaginosa em sua formulação, a um valor de 34 milhões de euros, de acordo com a Comissão Européia.

Na China, 294 mil crianças sofreram problemas no sistema urinário e cerca de 51,9 mil delas foram hospitalizadas por causa da contaminação por produtos com melamina. Quatro delas morreram.

A substância é usada pela indústria química na fabricação de plásticos, colas entre outros produtos. Em setembro, descobriu-se que o produto havia sido misturado a diversos solúveis chineses, como o leite, para simular um teor alimentar maior. O caso ganhou dimensões globais quando vários produtos chineses passaram a ser recolhidos ou banidos dos pontos de venda por suspeita de contaminação. As informações são da Dow Jones.