Redação (03/03/2009)- Ainda que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) tenha previsto que as cotações das commodities agrícolas deverão permanecer acima de suas médias históricas em 2009, nas duas últimas semanas esses mercados voltaram a ser mais pressionados pelas perspectivas de desaceleração da demanda em razão dos efeitos da crise financeira global.
É verdade que mesmo sob essa pressão cotações de soja, milho e trigo, as commodities mais negociadas no mercado internacional, de fato seguem pelo menos 30% mais valorizadas na bolsa de Chicago – principal referência mundial para os preços dessas commodities -, mas também é verdade que hoje os patamares já estão mais próximos das médias do que as máximas históricas atingidas em meados de 2008.
Ontem foi mais um dias de baixas consideráveis em Chicago, exatamente por causa de um tombo generalizado no mercado de ações que aumentou o temor de que os problemas econômicos globais se aprofundem e deprimam a demanda até mesmo por alimentos, normalmente o último setor a sentir o baque da crise.
No mercado de trigo, os contratos com vencimento em maio (que atualmente ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez) encerraram a sessão de ontem negociados a US$ 5,06 por bushel, em queda de 15,50 centavos de dólar. É o mais baixo nível de preços em 11 semanas.
As cotações da soja também recuou ao menor patamar em 11 semanas em Chicago. Os papéis para entrega em maio (segunda posição) fecharam a US$ 8,44 por bushel, 28 centavos de dólar a menos que na sexta-feira. No caso do milho, finalmente, maio (segunda posição) fechou a US$ 3,5025 por bushel, baixa de 8,75 centavos. Foi a terceira queda consecutiva.