Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mundo não deve enfrentar escassez de trigo na temporada 2023/24. O órgão prevê uma colheita global de 785,74 milhões de toneladas, um aumento de quase 1 milhão de toneladas em relação ao mês anterior. O USDA também elevou as estimativas de consumo em 1 milhão de toneladas, totalizando 797,52 milhões de toneladas, resultando em estoques finais previstos em 259,44 milhões de toneladas.
A relação confortável entre oferta e demanda, de 32,5%, tem exercido pressão nos preços do trigo nos últimos meses e é esperado que essa tendência continue na Bolsa de Chicago. Os contratos do trigo para março registraram uma queda de 2,08%, atingindo US$ 5,89 o bushel.
Dentro dos Estados Unidos, com a safra praticamente estabelecida, o USDA fez poucas alterações. Estima-se que o país terá uma produção de 49,31 milhões de toneladas de trigo em 2023/24, com um consumo de 31,14 milhões de toneladas e estoques de 17,9 milhões.
No contexto brasileiro, o USDA reduziu a estimativa de colheita no país em 300 mil toneladas, totalizando 8,1 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, a previsão de produção na Argentina foi elevada em 500 mil toneladas, alcançando 15,5 milhões. Como a Argentina é responsável por 80% do trigo importado pelo Brasil, essas alterações impactam diretamente o mercado brasileiro.