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Vazio da soja termina com 50 autuações no Paraná

<p>Durante o período de três meses encerrado no último dia 15 a determinação do Ministério da Agricultura era a erradicação de qualquer planta viva da cultura, estratégia utilizada para controlar a ferrugem asiática.</p>

Redação (01/10/2008)- A implantação do primeiro vazio sanitário para a soja foi encerrado no Paraná com 50 autuações contra produtores rurais devido à presença de plantas vivas em cerca de 1.940 hectares. Também foram lavradas 76 notificações, correspondentes a uma área de 4.560 hectares, contra sojicultores e concessionárias de transporte estaduais porque foi encontrada soja remanescente às margens de ferrovias e rodovias.

Durante o período de três meses – encerrado no último dia 15 – a determinação do Ministério da Agricultura era a erradicação de qualquer planta viva da cultura, estratégia utilizada para controlar a ferrugem asiática.

Embora os dados estejam consolidados, as sentenças sobre as autuações ainda não foram estabelecidas. A área de Sanidade de Grandes Culturas da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) aguarda o parecer do Departamento Jurídico sobre os processos, que irá considerar também a defesa dos agricultores. As multas serão definidas com base na lei estadual 11.200/95, de defesa sanitária vegetal, e podem variar de R$ 50 a R$ 5 mil.

Na sua avaliação, o vazio para a soja foi bem recebido pelos produtores rurais, que tiveram consciência da sua importância. ‘‘O vazio sanitário comprovadamente funciona e temos certeza de que a incidência do fungo da ferrugem será atrasada com o início da safra’’, informa Maria Celeste Marcondes, da Seab. Ela acrescenta que o vazio será implementado todos os anos até que seja encontrada alguma solução para a ferrugem, como variedades resistentes ou a sua erradicação. O plantio de soja tem início no Paraná no dia 1º de outubro, conforme o zoneamento agrícola. A estimativa do governo estadual é que a área plantada cresça 1,4% nesta safra, atingindo mais de 3,9 milhões de hectares.

O fungo da ferrugem asiática é disseminado pelo vento, mas a umidade é fator determinante para a infecção da planta. A doença provoca a perda de produtividade da soja e, por isso, exige manejo correto o que pode elevar os custos de produção. Na safra 2007/08 o Paraná registrou 1.038 ocorrências de ferrugem, enquanto no plantio anterior foram 662 focos.