Em Mato Grosso agricultores estão satisfeitos com a boa comercialização e começam a fechar negócios para a próxima safra. O agricultor Gilberto Peruzi ainda tem soja para comercializar. Este ano ele colheu 10% a mais em relação a safra passada. O resultado da lavoura, aliado ao bom preço, possibilitou até guardar um pouco da produção para negociar no segundo semestre. “Em torno de 25% a 30% para o segundo semestre. A gente administra melhor, os recursos ficam em casa, no nosso armazém. Por uma questão de estratégia eu vejo como positiva”.
Segundo o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária, o Imea, 85% da safra verão de 2011 já foi comercializada. O preço mais atrativo este ano proporcionou um mercado mais aquecido. É o que explica o gerente da cooperativa, Anderson Oro, de Sorriso, município que mais produz soja no país.
“Ano passado a comercialização antecipada foi um pouco menor. Esse ano, os preços estavam melhores então foi vendido em torno de 75% da safra. Os custos não foram tão altos e dá para o produtor ter uma rentabilidade razoável, mas a gente acredita que no segundo semestre, devido ao mercado interno, o preço deve melhorar um pouco e a rentabilidade ser um pouco maior”.
Os contratos futuros da soja estão sendo fechados por até US$ 22 a saca, nos valores de hoje, aproximadamente R$ 35.
O preço pago atualmente pela saca de soja e a perspectiva de um bom mercado futuro animam os agricultores na região norte de Mato Grosso. Situação que já começa movimentar os negócios da próxima safra, que ainda vai ser plantada lá no final de setembro, começo de outubro.
“Em função dos bons preços que está no momento, muitos estão optando por comercializar a safra 2011/2012, basta ver que nós estamos com aproximadamente 20% já comercializado da safra futura”, informa o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Elso Pozzobon.