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Volatilidade derruba grãos

A soja e o algodão atingiram os menores preços dos últimos três meses e puxaram o restante dos contratos agrícolas negociados em Chicago e Nova York.

Redação (18/02/2009)-  A volatilidade do mercado financeiro voltou a ditar o ritmo das commodities agrícolas nos últimos dias e derrubou as cotações dos grãos no pregão de ontem. A soja e o algodão atingiram os menores preços dos últimos três meses e puxaram o restante dos contratos agrícolas negociados em Chicago e Nova York. Segundo analistas, as notícias negativas sobre a economia nos mercados asiáticos também foram determinantes para a queda generalizada.

O milho, por sua vez, teve sua maior queda em três semanas com a expectativa de que a recessão na Europa e Ásia provocarão uma deterioração da demanda por estes grãos. Os papéis da soja com entrega para maio fecharam cotados em US$ 9,0450 o bushel (27,2 quilos), desvalorização de 5,5%. Autoridades dos bancos centrais e ministros de Economia do G-7 defenderam a ideia de que essa queda severa deverá persistir na maior parte deste ano. O índice Reuters/Jefferies, que acompanha 19 matérias-primas, atingiu ontem seu pior nível desde junho de 2002, pressionado pelo petróleo e cobre, que caíram mais de 7%.

"O cenário de demanda fraca está dominando o mercado", afirmou Doug Bergman, corretor de grãos em Chicago. "Os problemas econômicos nos EUA podem não ser nada comparados com os problemas que outros países devem enfrentar."

Os papéis do milho com entrega para maio recuaram 3,8% e fechou negociado por US$ 3,59 o bushel (25,4 quilos). No lado fundamental (oferta e demanda), o fim da estiagem na América do Sul – particularmente no Brasil e na Argentina, dois grandes produtores mundiais de grãos – favoreceram a queda.

No caso do algodão, as informações de queda na demanda favoreceram o movimento de baixa. Os papéis para maio recuaram pela quinta vez consecutiva, para 44,68 centavos de dólar a libra-peso (0,45 quilos), queda de 1,1%.