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Mercado Externo

A influência de um nome

<p>Pesquisa americana revela que consumidores chineses ainda temem que consumo de carne suína possa transmitir vírus H1N1.</p>

Quase dois terços dos consumidores da China parou de comer carne suína nos primeiros estágios do surto de gripe A este ano, e um a cada cinco chineses ainda acredita que a ingestão de carne suína pode contribuir para contaminação com H1N1, revelou um levantamento feito com 1.200 consumidores chineses encomendado no mês passado pela Federação Americana de Exportação de Carne (USMEF, sigla em inglês) .

Em declaração durante a 5ª Conferência Mundial da Secretaria Internacional de Carnes (IMS, sigla em inglês), o vice-presidente da USMEF, Joel Haggard, disse a mais de 600 executivos da indústria de carne suína que, na China, o consumo desse tipo de carne pode ter sido mais afetado pela pandemia de H1N1 do que se suspeitava anteriormente. “No inicio do surto, 64% dos consumidores chineses pararam de comer carne suína”, disse Haggard, sobre a pesquisa realizada entre 6 a 10 de agosto com 200 consumidores de cada cidade: Pequim, Xangai, Chongqing, Guangzhou, Nanjing e Shenyang.

Mesmo agora, meses após o surto inicial, cerca de 21,2% dos entrevistados ainda acreditam que o consumo da carne suína pode transmitir H1N1. Apesar dos esforços do governo chinês para informar os consumidores sobre a segurança da carne, 54,7% daqueles que temem a ligação do vírus com a carne suína dizem que o motivo é a pandemia ter sido nomeada “gripe suína”.

“A pesquisa sugere que a reação inicial do consumidor foi acentuada e que um número significativo ainda pode associar o vírus ao consumo da carne”, afirma Haggard.

Haggard também apresentou na conferência um panorama do desenvolvimento da indústria de carne americana nos últimos 20 anos e revelou que, ao contrário do que pressupõe muitos mercados estrangeiros, os produtores dos EUA não recebem subsídios substanciais do governo.

Ele relatou que o aumento da produção de carne suína americana resultou na diminuição dos preços para os consumidores. Quando ajustado de acordo com a inflação, o preço do quilo da carne suína dos EUA caiu de US$2,40, em 1980, para US$1,60, em 2008.

 * Tradução Suinocultura Industrial