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Mercados

Acordo de livre comércio

<p>Espanha quer incentivar volta da negociação de acordo União Europeia-Mercosul. Europeus estão empenhados.</p>

A Espanha quer estimular a retomada da negociação do acordo de livre comércio União Europeia-Mercosul, com contatos na cúpula Ibero-americana que começará na segunda-feira em Estoril, Portugal. O plano espanhol é definir um esboço de acordo até a cúpula UE-América Latina de maio próximo em Madri, quando estará na presidência rotativa do bloco europeu.

Para isso, os espanhóis dizem que a Comissão Europeia, o braço executivo da UE, mantém planos de fazer reuniões técnicas entre os dois blocos ainda em dezembro, para que a Argentina, o mais protecionista do Cone Sul, assuma a presidência do Mercosul em janeiro com a discussão em andamento.

Esse cenário foi esboçado por autoridades espanholas num encontro em Madri, esta semana e relatado pelo jornal El País. Para os espanhóis, ou o acordo sai no primeiro semestre do ano que vem, ou se deve dar adeus a ele por um longo tempo.

Fontes diplomáticas do Mercosul confirmam que ficou acertado, em princípio, o plano de reuniões já em dezembro, mas a data sequer foi fixada por causa da eleição presidencial no Uruguai, com a indefinição sobre quem vai continuar negociando ou não.

Sobretudo, restam as dificuldades do que poderia ser um “acordo comercial mínimo”. Em Madri, Angel Carro, diretor para América Latina da Comissão Europeia, reconheceu a oportunidade política para se fechar um acordo em 2010 para dar vantagem às indústrias europeias em mercados em expansão, reduzindo a perda de competitividade em relação a outros emergentes como a China.

No entanto, o funcionário europeu descarta a possibilidade de oferta significativa em agricultura para o Mercosul, ao mesmo tempo que insiste em cobrar concessões nas áreas industrial, de serviços e de compras governamentais para as empresas europeias.

“O problema para retornar a negociação está na falta de equilíbrio, já que os europeus estão mais empenhados em só ganhar do que em fazer concessões”, diz um negociador.