Muitos suinocultores chineses continuam a alimentar animais com produtos químicos proibidos. Ao fazer isso, eles aumentam o risco de doenças no rebanho e até em seres humanos, relatou o principal órgão legislativo do país.
Elos fracos entre a gestão do Governo, Agricultura e as normas de segurança levaram a um aumento do número de casos de pessoas contaminadas após consumirem carne suína na China, divulgou o Congresso Nacional da Agricultura e o Comitê de Assuntos Rurais.
O Ministério da Agricultura lançou um projeto de fiscalização da produção, comercialização e quantidade de aditivos misturados à ração animal, porém, na prática, não deu certo.
Clembuterol – “Ainda existe o uso ilegal do Clembuterol e outros produtos químicos proibidos”, explica o presidente do Comitê de Agricultura, Wang Yunlong. Esse ano, o ministério registrou 8.677 casos de uso de aditivos, suspendeu 124 empresas operando sem licenças e cancelou as atividades de 87 empresas licenciadas.
O Clembuterol, conhecido como “shouroujing” é adicionado à ração dos animais para manter a carne magra. A carne suína magra possui o preço mais elevado, principalmente no mercado da China.
O aditivo é prejudicial aos seres humanos e pode ser fatal, uma vez que fica acumulado em órgãos como o fígado e pulmão. O ministério se negou a fornecer mais estatísticas quanto aos números de drogas proibidas e aditivos utilizados na suinocultura.
Carne suína mais barata – Os preços são a raiz do problema e, em alguns lugares, o preço da carne suína é menor do que o dos vegetais.
O uso de produtos químicos vetados é crime, mas a prática vem da “falta de proteção aos interesses dos agricultores, que não são responsabilizados por isso”, afirmou um produtor. Os suinocultores continuam comprando aditivos nutricionais direto com fornecedores.
* Tradução Suinocultura Industrial