Nesta quinta-feira (01), milhares de agricultores protagonizaram um protesto em Bruxelas, bloqueando a praça do Parlamento Europeu, incendiando fardos de feno e utilizando tratores agrícolas para obstruir a entrada do prédio durante a realização da Cúpula da União Europeia (UE). Os manifestantes exibiam faixas exigindo o término do acordo Mercosul e União Europeia.
Os participantes do protesto, de acordo com informações do jornal El País, reivindicam a implementação de leis mais rigorosas para produtos europeus, alegando desproporção em comparação com as exigências impostas a outros exportadores. Essas ações seguem protestos prévios ocorridos na Alemanha e na França.
Os manifestantes carregavam faixas com mensagens como “sem produtores, sem comida”, enquanto atiravam pedras e ovos na fachada do Parlamento. Algumas estátuas na Praça de Luxemburgo também foram incendiadas durante o tumulto. A polícia belga respondeu às ações dos manifestantes com jatos d’água.
A reunião da Cúpula da UE tinha como pauta principal a discussão sobre ajuda financeira à Ucrânia, de acordo com o canal local TV5, o que gerou uma reação mais intensa por parte dos agricultores belgas. Assim como os agricultores franceses, eles demandam subsídios e melhores condições de produção.
Os protestos na Bélgica foram denominados pelo jornal El País como a “fúria do campo”.
Calendário de protestos na Espanha Após manifestações na Alemanha, Húngria, Polônia, Romênia e Itália, as principais associações de agricultura e pecuária da Espanha anunciaram ontem a adesão a um calendário de protestos. O objetivo é reivindicar melhorias nas condições, tanto dentro da UE como nas comunidades autônomas, conforme comunicado da Associação Agrária de Jovens Agricultores (Asaja, sigla em espanhol).