O Governo da Argentina convocou os ministros da Saúde de Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia para participar na próxima quarta-feira (15/07) de uma reunião para unificar estratégias contra a gripe A (H1N1).
“Trata-se de uma reunião com os ministros de países limítrofes”, explicaram à Agência Efe porta-vozes do Ministério da Saúde da Argentina, nação que tem pelo menos 94 mortos e mais de 100 mil infectados pela gripe.
O Governo Cristina Kirchner procura concretizar o encontro para “compartilhar informação, definir posições e unificar critérios de olho em uma futura vacina, além de analisar os possíveis cenários da pandemia”, detalharam.
Os porta-vozes disseram se tratar de uma reunião de perfil político, embora não tenham descartado que participem também especialistas no assunto.
Em comunicado, o Ministério da Saúde argentino confirmou que a reunião terá a presença dos ministros da Saúde do Brasil, José Gómez Temporão; da Bolívia, RamiroTaipa; do Chile, Álvaro Erazo; do Paraguai, Esperanza Martínez, e do Uruguai, María Julia Muñoz.
Entre os temas a serem discutidos se destaca um relatório particular sobre a situação da pandemia em cada um dos países.
Na cúpula também será apresentada uma análise do representante da Organização Pan-americana da Saúde (OPS) na Argentina, Antonio Pagés, sobre as conclusões da reunião de ministros realizada no México e convocada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O ministro da Saúde argentino, Juan Manzur, afirmou este fim de semana que “é provável” que a quantidade de mortes seja superior às 94 confirmadas oficialmente, depois que números extra-oficiais apontaram que as vítimas passariam de 100 no país.
Manzur também reconheceu que o Governo não soube combater a gripe com um “critério único” ao longo do país, que registra o maior número de mortos pela doença da América do Sul e o terceiro do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e México.
Dias atrás, o ministro disse também que o número de infectados na Argentina poderia chegar a 100 mil.
Devido à doença, a capital e a maioria das províncias decretaram emergência de saúde, além de restringir e até suspender as atividades em escolas, universidades, teatros e tribunais.
Segundo os dados mais recentes da OMS, a pandemia atinge 94.512 pessoas em mais de 120 países e custou a vida de 429 pessoas, em sua maioria na América.
* Com informações do G1