O governo bielorrusso anunciou planos ambiciosos para construir uma granja de suínos com capacidade para abrigar simultaneamente 100.000 animais. A iniciativa visa recuperar o rebanho suinícola, fortemente impactado pela Peste Suína Africana (PSA) na última década, e melhorar o desempenho financeiro do setor, conforme explicou Yuri Shuleiko, vice-primeiro-ministro da Bielorrússia.
Suporte ao setor de processamento de carne
A escassez de carne suína no país tem afetado diretamente a operação de matadouros e plantas de processamento, que atualmente operam com capacidade entre 30% e 50%, de acordo com Shuleiko. “As linhas de processamento precisam ser carregadas para garantir a operação sustentável e a lucratividade do setor”, afirmou o vice-primeiro-ministro.
Recentemente, as autoridades concluíram a modernização da planta de processamento de carne Orshansky, com a instalação de uma nova linha de produção de ponta. A construção da mega fazenda é vista como essencial para resolver o déficit de carne suína no país.
Desempenho misto do setor
A indústria suinícola bielorrussa enfrentou uma queda de 25% na produção durante a década de 2010, resultado do impacto da PSA. Apesar dos esforços do governo, incluindo repetidos apelos do presidente Alexander Lukashenko para aumentar a produção, o setor ainda não se recuperou totalmente.
Em 2023, a produção de carne suína na Bielorrússia registrou um aumento de 6%, totalizando 426.000 toneladas, enquanto o rebanho suinícola cresceu 1%, alcançando 2,1 milhões de animais.
Autossuficiência e expansão
A construção da nova granja faz parte de um plano de desenvolvimento industrial mais amplo, que visa garantir a autossuficiência do país na produção de carne suína e reduzir a dependência de importações, principalmente da Rússia. Até 2026, o governo bielorrusso planeja inaugurar 14 novas fazendas suinícolas, aumentando a produção anual de carne para além de 500.000 toneladas, consolidando a posição do país no mercado suinícola.
Referência: Tradução e reescrita Pig Progress