Os atletas brasileiros que estão competindo nos Jogos Olímpicos de Paris têm manifestado descontentamento com a alimentação oferecida no refeitório da Vila Olímpica. Segundo informações da Folha de São Paulo, a proteína animal, embora esteja disponível, é servida em quantidades insuficientes e a reposição é demorada, o que tem levado muitos esportistas a desistirem de aguardar. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) confirmou o problema e está em contato com os organizadores para encontrar uma solução. O COB relatou a falta de proteína durante reuniões diárias com o Comitê Organizador Paris 2024, solicitando ajustes imediatos.
A insatisfação com a alimentação não foi um imprevisto. Em abril, o Comitê Organizador havia anunciado a meta de reduzir pela metade a oferta de produtos de origem animal no evento, substituindo-os por um menu predominantemente vegetariano. Esta é a primeira vez na história das Olimpíadas que mais da metade dos alimentos fornecidos será vegetariana, com cerca de 60% das 13 milhões de refeições planejadas sendo isentas de carne e compostas exclusivamente por alimentos à base de plantas.
Para contornar a situação, o Comitê Olímpico Brasileiro montou um refeitório exclusivo em sua base de treinamento, oferecendo pratos como bife acebolado, feijoada e strogonoff de frango. A escolha se deve ao fato de que alimentos de origem animal são essenciais para atletas, fornecendo nutrientes completos necessários para a construção e reparo muscular, fundamentais para o desempenho e a recuperação após os exercícios. Além disso, a proteína animal contém nutrientes como ferro heme, zinco e vitamina B12, que são mais bem absorvidos do que os encontrados em fontes vegetais.
É preocupante que os atletas tenham que enfrentar desafios relacionados à alimentação em um evento de tamanha importância, o que pode impactar negativamente seu desempenho.