O Caderno de Gastronomia do jornal “O Estado de S. Paulo”, “Paladar’, traz em sua edição de hoje matéria extremamente favorável à carne suína, apontada como a grande sensação dos restaurantes mais finos dos Estados Unidos neste momento. A matéria, assinada pelo jornalista Frank Bruni, afirma que “conforme os restaurantes badalados se interessam cada vez mais pela carne de porco, a concorrência em torno do ingrediente fica mais acirrada”.
O mais impressionante da matéria, publicada em plena crise que associa o nome da carne suína à “Gripe A” (inclusive pelo próprio New York Times) é ver que restaurantes sofisticados dos Estados Unidos estão lançando pratos com orelha, pé, torresmo e rabo de suíno.
Os produtores norte-americanos enfrentaram um forte preconceito contra a carne suína, similar apenas ao registrado atualmente no Brasil. Em 1985, a NPPC, organização nacional dos produtores, criou um mecanismo de financiamento (Pork Check Off) de uma campanha de marketing denominada “The Other White Meat” (A Outra Carne Branca). A contribuição vigora até hoje, oferecendo uma verba de marketing usada principalmente em televisão da ordem de US$47 milhões de dólares por ano.
Os produtores americanos comemoram outros resultados concretos. Em 1985, quando a campanha foi iniciada, a produção nacional era de 6,71 milhões de toneladas. Em 2007, segundo os números da FAO, a produção bateu 9,95 milhões de toneladas, um crescimento de 48,2%