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Mercado Externo

China deve aumentar consumo de carne em 9,5 quilos anuais por pessoa até 2023

Apesar das quedas recentes nos preços de grãos, a China espera aumentar o consumo anual de carne em 9,5 quilos por pessoa até 2023.

Flag of the People’s Republic of China
Flag of the People’s Republic of China

Apesar das quedas recentes nos preços de grãos, a China espera aumentar o consumo anual de carne em 9,5 quilos por pessoa até 2023. A projeção foi feita pelo analista de mercado Carlos Cogo, de Porto Alegre, para reportagem do Portal Agriculture.com assinada pelo correspondente Luís Henrique Vieira.

“A demanda vai continuar a crescer para frangos, porcos, carne bovina, peixe e laticínios. O Brasil já começar a surgir no primeiro lugar no ranking de supridores mundiais de carnes, açúcar, soja, milho”, sustentou Carlos Cogo.

No caso da China, cada pessoa costumava consumir aproximadamente 57% em grãos, 28% em legumes e só 2% em carne em 1961, de acordo com dados da Organização de Comida e Agricultura das Nações Unidas (FAO). Já em 2011, cada pessoa passou a consumir cerca de 47% de grãos, 15% em legumes e 17% de carne. 

Isso significou que os humanos comem hoje menos grãos (como arroz e trigo), mas os animais precisaram de maior consumo de farelo de soja ou milho naquele país. Isso é explicado por um grande aumento da renda na China e resultou numa alta da demanda por commodities em países agrícolas, como EUA e Brasil, nos últimos anos.

David Hightower, analista de mercado de Chicago e autor do Hightower Report, diz que uma mudança importante deve a substituição do farelo de peixe como insumo por farelo de soja na China. Os preços do farelo de peixe dispararam no país asiático neste ano e no dia 1 de Dezembro as fontes chinesas revelaram uma escassez significativa do insumo, segundo Hightower.

“Nós devemos ter um fornecimento de proteínas de grãos, mas uma situação baixo da superfície deve ser o próximo grande assunto na incerteza do mercado de grãos. Algumas vezes o farelo de peixe chega a ser 7 ou 8 vezes mais caro que o farelo de soja. Se a produção grande e/ou uma grande oferta mandará os preços de farelo de soja em cascata e usuários menores pode decidir usar um insumo que é 10 vezes mais barato (farelo de peixe)”, prevê Hightower.