A Coreia do Sul confirmou um caso de febre aftosa em uma fazenda de criação de suínos, o primeiro episódio da doença no país em mais de três anos, disse o Ministério da Agricultura em um comunicado nesta quinta-feira.
O caso ocorre em um momento em que a quarta maior economia da Ásia tenta conter uma epidemia de gripe aviária que já dura seis meses e que elevou os preços da carne suína para a máxima de vários anos devido à demanda por carnes alternativas.
Testes confirmaram o caso de febre aftosa em uma propriedade rural no condado de Uiseong, mais de 250 km a sudeste de Seul, segundo o comunicado do ministério e do governo provincial.
O governo disse que a doença tem poucas chances de se espalhar, já que é de um dos três tipos para o qual o país aplica vacinas. O caso foi registrado em porcos não vacinados, e cerca de 600 animais foram sacrificados para conter a doença.
A ocorrência pode levar a uma alta nas importações de carne suína e bovina.
As importações de carne suína já está em patamares elevados na Coreia do Sul devido a uma epidemia de febre aftosa em 2010-2011, que levou à redução do rebanho suíno em um terço.
Muitos consumidores também optaram por carne suína após o surto de gripe aviária no país.
Os elevados preços da carne suína, que estão na máxima de três anos, levaram a previsões de aumento das importações de carne bovina, com consumidores em busca de alternativas, segundo dados do governo e fontes da indústria.
A Coreia do Sul importou 170 mil toneladas de carne suína, principalmente dos Estados Unidos, Alemanha e Canadá, nos seis primeiros meses do ano, alta de 7 por cento ante mesmo período em 2013.
Já as importações de carne bovina, originadas principalmente na Austrália e nos Estados Unidos, subiram 8,5 por cento, para 138 mil toneladas no primeiro semestre deste ano, na comparação com um ano antes, mostraram dados de alfândega.
As associações de exportadores de carne bovina e suína do Brasil não registraram embarques para a Coreia do Sul nos últimos meses.