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Mercados

Criadores e cooperativas de frango começam a equilibrar suas contas

Preço reagiu no mercado interno e a alta do dólar melhorou o faturamento, em real, com as exportações. No primeiro semestre, Paraná produziu mais de dois milhões de toneladas de carne de frango.

No pátio do frigorífico da cooperativa de Cascavel, no oeste do Paraná, os caminhões e contêineres carregam a produção de 210 mil frangos por dia. A carne que é distribuída para todo o país e também para o exterior: Europa, África do Sul e Ásia.

De cada três caminhões carregados na cooperativa, um é destinado à exportação. A intenção é aumentar este número e dividir, em um ano, as vendas em meio a meio, entre mercado interno e externo.

No primeiro semestre deste ano, o Paraná produziu mais de dois milhões de toneladas de carne de frango. Desse total, 33% foram para o exterior e 67% para o mercado interno. O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, diz que o preço melhorou.

“O mercado externo foi beneficiado pela valorização do dólar, que nos últimos 40 dias teve uma valorização entre 12 e 14%. E nos últimos 60 dias o frango reagiu ao preço no mercado brasileiro, em torno de 12 % também. Então, pode se falar hoje que existe um equilíbrio entre custo de produção e valor de mercado do frango para o consumidor”, declara.

Os criadores que fornecem o frango para o frigorífico trabalham no sistema de integração. Por esse sistema, o custo da ração fica por conta da cooperativa. O criador Osmar Pelicioli é um dos produtores integrados. Ele cria 85 mil aves em quatro barracões e conta que vem fazendo investimentos na granja para ganhar mais eficiência. Sua remuneração melhorou de um ano pra cá. “Nós tínhamos um valor esporádico de 32 a 36 centavos, hoje estamos em 42 a 48 centavos por lote de frango que é retirado da propriedade”, afirma.

As exportações brasileiras de carne de frango somaram 5,1 bilhões de dólares de janeiro a setembro deste ano, 21% a mais do que no mesmo período do ano passado.