A demanda na China por carne vermelha continuou a crescer no primeiro semestre de 2014, com as compras de carne bovina e de cordeiro aumentando em mais de 25% em relação ao ano passado, enquanto as importações de carne avícola tiveram uma queda, de acordo com relatos de fontes de notícias chinesas esta semana.
O setor avícola, que foi gravemente afetado por diversos escândalos de segurança alimentar que têm impactado na demanda, experimentou importações consideravelmente mais baixas nos primeiros seis meses do ano. Já a perspectiva para as importações de carne suína são de aumento do produto congelado e processado, compensando uma queda nas compras de miudezas de suínos.
As importações de carne bovina somaram 156.421 toneladas, um aumento de 24% em relação ao mesmo semestre de 2013, de acordo com estatísticas da alfândega chinesa. Os principais parceiros comerciais da China – Austrália, Uruguai e Nova Zelândia – forneceram mais carne bovina, mas houve uma queda nas vendas canadenses, por conta de perda de cota de mercado para a Argentina.
A concorrência deve aquecer nos próximos meses, após a notícia em meados de julho de que a China está levantando seu embargo à carne bovina brasileira.
Tanto a carne bovina quanto a ovina poderão se beneficiar de mudanças nos comportamentos de consumo, com destaque para o rápido crescimento da população de classe média na China.
Apesar de uma crescente demanda por carne vermelha, a China continua a ser o maior consumidor mundial de carne suína; a maior parte desta ainda é produzida internamente, mas as importações do produto congelado e processado continuam em alta, totalizando 297.545 toneladas no primeiro semestre, um aumento de 9% ante o ano anterior.