O dólar opera em queda nesta quarta-feira (7), após bater R$ 5,20 no dia anterior, em meio ao clima político em Brasília.
Às 9h02, a moeda norte-americana caía 0,52%, a R$ 5,1818.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 2,40%, cotada a R$ 5,2087, a maior alta para um único dia desde 18 de setembro, quando o dólar subiu 2,83%. É o maior patamar de fechamento desde 31 de maio (R$ 5,2243).
Com o desempenho desta terça, a moeda norte-americana zerou a queda no ano e passou a acumular alta de 0,41% frente ao real. No mês, já subiu 4,74%.
Cenário
Por aqui, permaneceram no radar dos investidores os desdobramentos dos trabalhos da CPI da Covid no Senado.
Na semana passada, a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para investigar suposto crime de prevaricação de Bolsonaro.
“O comportamento dos ativos financeiros no Brasil continua refletindo o cenário político, em especial, o desenrolar da CPI da pandemia”, explicaram em nota analistas da Genial Investimentos. “As denúncias de corrupção na compra de vacinas têm se constituído em um importante fator de incertezas.”
Outro ponto de foco dos mercados internacionais é a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, que será divulgada nesta quarta-feira e pode oferecer pistas sobre quando e como o banco central norte-americano reduzirá seu estímulo e elevará os juros.
Autoridades do Fed começaram a debater sobre a redução dos US$ 120 bilhões mensais em compras de títulos na reunião de 15 e 16 de junho e, desde então, a maioria delas tem oferecido visões amplamente otimistas de uma economia que, em muitos aspectos, está saindo de uma recessão desencadeada pela crise global da pandemia de Covid-19.
Vários sinalizaram que veem a recente aceleração de ganhos de empregos e a inflação acima da meta como representação de um “progresso substancial” em direção às metas de estabilidade de preços e pleno emprego do Fed, referência que lhes permitiria começar a reduzir suas compras de ativos. Os dados desde a reunião podem apoiar essa conclusão.