O México continua sentindo as consequências da influenza aviária que se abateu sobre suas aves desde 2012. Várias são as consequências, entre elas, o preço ainda inconsistente do ovo e a transformação do mercado de trabalho para os empregados em granjas e empresas avícolas em geral.
Analistas do setor avaliam que, ainda com perdas, avicultores estão conseguindo obter um preço razoável com o ovo, com alguns produtores de ovos, inclusive, conseguindo recuperar suas perdas. Segundo Jorge Eduardo González Arana, prefeito de Tepatitlán de Morelos – um dos municípios mais afetados pela epidemia aviária na região produtora de Jalisco (a maior do país em produção de ovos) – deixaram de existir na região cerca de quatro mil empregos diretos este ano. Sobre o preço do ovo na região, segundo ele, se mantém estabilizado em 70%, considerado até alto pelas condições atuais, o que se explica pela carência do produto no mercado, já que os avicultores locais estão tendo dificuldades para transportar o produto.
Arana diz que os avicultores, por sua vez, não podem abaixar muito seus custos porque os insumos são muito caros. O ovo recebe vários subsídios públicos por ser um dos alimentos que compõem a cesta básica do mexicano. “Isso nos obriga a produzir mais a custos menores, entretanto, a região não conta com ferrovias, como em outros municípios, e há a dificuldade também de transporte do alimento para as aves, oriundo de regiões como Tamaulipas ou Sinaloa.”
O prefeito conta que a instalação da ferrovia na região é uma reivindicação antiga; há 20 anos que as autoridades locais vêm solicitando esse meio de transporte que baratearia a chegada dos insumos e a distribuição dos produtos primários gerados no município.