A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse, nesta quarta-feira, em um encontro com produtores de carne suína que “a carne de porco é melhor do que Viagra”.
“Comer carne de porco melhora a atividade sexual. Eu acho que é muito mais gratificante comer porco assado do que tomar Viagra. Eu fui fã da carne de porco e não falo isso pra ficar bem e nem para fazer propaganda de nada”, afirmou a presidente.
As declarações de Cristina provocaram risos da plateia de produtores do setor, reunidos na Casa Rosada, a sede da Presidência, onde ela discursou durante um encontro para preparação de um acordo que visa incentivar a produção de carne suína na Argentina.
A presidente pretende elaborar o acordo para reduzir os impostos ligados à produção da carne. Segundo ela, a carne suína é “menos nociva” que a carne de boi.
Cristina defendeu os benefícios do consumo da carne de porco e dividiu com os presentes uma experiência que teve recentemente como marido, o ex-presidente Nestor Kirchner, no Calafate, na Patagônia, quando o casal preferiu a carne de porco ao tradicional cordeiro típico da região.
“No fim de semana passado em Calafate em vez de comer cordeiro, comemos a de porco com a pele e tudo, assada. Tudo saiu bem e pode ser que se tenha razão (que seja afrodisíaca)”, afirmou.
“Como me disse o presidente da Câmara (de produtores), a carne de porco melhora a atividade sexual. Comprovar não custa nada”, afirmou a presidente.
Brasil
Segundo Cristina, o encontro com os produtores visava discutir um acordo que prevê a redução dos preços do insumo no intuito de diversificar a matriz alimentícia do país e aumentar as exportações.
“Essa é uma atividade rural diferente da agricultura porque gera mais postos de trabalho. Além disso, temos o Brasil aqui ao lado, que é grande consumidor de porco”, afirmou.
Cristina disse ainda que, em 2005, o consumo de carne de porco per capita era de 1,5 quilo, e que já chega a 6 quilos. Segundo ela, a meta é alcançar 16 quilos por habitante na Argentina.
No discurso desta quarta-feira, a presidente reconheceu que seria criticada pelos produtores de gado por sua propaganda a favor da carne de porco.
Pouco depois do início do governo de Cristina Kirchner, foi travada uma forte disputa com produtores rurais que protestaram contra o aumento de impostos às exportações, especialmente de soja.
Na ocasião, a presidente disse que a soja é um “yuyo” (capim), acirrando ainda mais os ânimos dos líderes do movimento.