O surto patogênico de gripe aviária H7N3 no México, que já dura mais de dois anos, resultou até agora na morte coletiva ou perda de 28 milhões de frangos de corte, matrizes e galinhas poedeiras, segundo a Associação dos Processadores de Aves (UNA) do México.
A indústria mexicana vai gastar mais de US$ 300 milhões este ano em medidas de vacinação e para melhorar a biossegurança.
Parte do alto custo da infecção resultou de perdas severas na indústria, que é altamente concentrada na região de Los Altos, no estado de Jalisco, criando uma vulnerabilidade a mais para infecções em aves.
Os problemas no México criaram uma oportunidade que o setor avícola brasileiro está tentando aproveitar.
Depois de receber aprovação para exportação de carne de frango aos mexicanos em 2013, o Brasil vendeu mais de 3,5 mil toneladas para o México durante os primeiros cinco meses deste ano, e deve chegar a 30 mil toneladas exportadas até o final do ano, disse Ricado Santin, vice-presidente para Aves na Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), durante entrevista em junho à CarneTec.
O Brasil tem atualmente cinco frigoríficos de aves aprovados pelo México, mas este número deve aumentar ainda este ano, em parte devido às lutas em curso para o setor de suínos da América do Norte contra o vírus da diarreia epidêmica de suínos (PEDv), o que aumenta a demanda por aves, acrescentou Santin.
O México está entre os três maiores mercados do mundo para a importação de carne de frango, e comprou cerca de 700 mil toneladas em 2013.
De acordo com a UNA, o consumo per capita de ovos no México chegou a 350 unidades, e para carne de frango, o consumo anual atingiu 29 quilos por pessoa.