Aves como chester e peru, tradicionais na ceia natalina, estarão cerca de 10% mais caras do que no ano passado. Para as vendas de final de ano, os empresários supermercadistas esperam um crescimento de 8,7% em relação ao mesmo período de 2008.
O aumento no preço das aves, segundo o diretor executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, será devido aos custos de produção a às perdas acumuladas durante o ano. O setor, segundo ele, sofreu com a desvalorização cambial, preço dos insumos e com a crise econômica. Por isso, é difícil fugir do repasse dos preços ao consumidor. “Deve crescer na faixa de 10%, 12% em relação ao passado. Esse reajuste acaba repondo parte do custo de produção”, avalia o diretor executivo da Asgav.
Na avaliação da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), contudo, não haverá reajuste nas aves, mas a carne suína deve subir cerca de 10% com a volta ds cobrança do ICMS sobre o produto.
Para o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), Rogério Kerber, esse reajuste não deveria ocorrer pois a medida de redução de imposto pouco atingiu o produtor gaúcho, que venderá a carne suína com valores semelhantes aos do ano anterior. “A isenção era para saídas dentro do Estado, mas só 22% da nossa produção é consumida aqui. Desse percentual, 65% são produtos industrializados, que não foram alcançados pela medida”, diz Kerber.
Além das carnes especiais consumidas nas festas de final de ano, há outros produtos como frutas secas, bebidas e panetone. Com a ceia de Natal, o gaúcho deverá gastar um valor médio de R$ 231,68, quase o mesmo do ano passado, segundo levantamento da Agas. A boa notícia para o consumidor é que 55% dos supermercados pesquisados pretendem fazer algum tipo de promoção neste período.