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Aftosa no Paraguai

Paraguai confirma foco de febre aftosa

Sinais clínicos da doença foram identificados em 13 bovinos. Para presidente da Abipecs, vigilância e controle da fronteira devem ser intensificados. "Incidente não deve acarretar qualquer problema ao mercado de carne suína do Brasil".

Ontem (19/09), o Paraguai notificou a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) sobre um foco de febre aftosa em bovinos em Sargento Loma, no Departamento de San Pedro, região central. De acordo com o documento – que pode ser visualizado aqui – sinais clínicos da doença foram identificados em 13 bovinos de um lote de 110 animais todos com menos de 24 meses.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, diante da confirmação de um foco de febre aftosa, emitiu um comunicado informando que o governo brasileiro intensificou a fiscalização na fronteira dos países. Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), em nota divulgada à imprensa, lamenta que o vírus continue presente na região central da América do Sul, exigindo atuação redobrada para a erradicação da enfermidade. “Será preciso persistir no esforço de vacinação nesta região, trabalhando-se para erradicação da doença. Neste momento, é essencial a imediata contenção da região, evitando a propagação do vírus. A fronteira do Paraguai precisa ser controlada”, diz Camargo Neto. “É essencial a mobilização do produtor do Brasil, aliando-se ao setor público estadual e federal neste esforço de vigilância, que deve incluir a preocupação com todo trânsito de animais. O pecuarista deve informar às autoridades sobre qualquer movimentação suspeita de animais”, acrescenta.

Camargo Neto lembra que o foco em Mato Grosso do Sul, em 2005, acarretou sérios prejuízos, tanto para o setor de bovinos como para o de suínos. “Até hoje não foi retomada a exportação de carne suína para a África do Sul, que interrompeu os embarques em 2005, alegando aquele incidente sanitário”. Para ele, no entanto, a  conquista de regiões com status de livres de febre aftosa, mantida a vacinação regular, possibilitou ampliar as exportações de carne bovina e suína. “Alguns importantes mercados mais exigentes, que exigem a total eliminação da vacinação para aceitarem a entrada de carne, ainda não foram conquistados. O estado de Santa Catarina foi além, trabalhando para obter o reconhecimento do status máximo da OIE, livre sem vacinação, e começa a ver seu esforço reconhecido com abertura dos mercados de melhores preços”, destaca o presidente da Abipecs.

Na opinião de Camargo Neto, o incidente no Paraguai, desde que limitado a este foco, não deve acarretar qualquer problema ao mercado de carne suína do Brasil. “O Paraguai não é exportador de carne suína”, lembra.