O Serviço de Controle Veterinário e Fitossanitário da Rússia (SCVF) determinou nesta segunda-feira (15/8) que mais de 15 mil porcos fossem sacrificados após um surto de peste suína africana (PPA) em Krasnodar, no sul do país.
“Segundo os últimos dados foram sacrificados 15.190 animais que eram criados em duas fazendas e em propriedades particulares”, afirmou um porta-voz do SCVF.
Além disso, a fonte ressaltou que houve “violações muito graves” das normas sanitárias por parte da direção da fazenda que originou o foco infeccioso, que em seguida se propagou para outras propriedades da região.
As primeiras informações sobre o surto foram divulgadas no dia 5 de agosto, quando morreram os primeiros 15 animais. As autoridades locais abriram uma investigação pelo descumprimento das normas de segurança sanitária.
A PPA, doença causada pelo vírus homônimo, foi relatada pela primeira vez em 1910, no Quênia.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, o problema na Rússia não afeta as exportações do produto brasileiro para o país. “Ainda não é possível avaliar o alcance deste incidente. Depende muito. Se o surto atingiu uma grande região produtora de suínos, pode ser ruim para a Rússia, mas a princípio não muda nada na relação comercial com o Brasil”, afirma.
Isso porque, apesar de a Rússia ser o principal mercado da carne suína do Brasil, ela segue restringindo a compra do produto dos estados de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. O embargo imposto pelas autoridades sanitárias russas à importação de produtos de frigoríficos brasileiros começou no dia 6 de julho. Segundo Neto, ainda não há previsão para a liberação das exportações.