A produção avícola na Venezuela tem enfrentado dificuldades por cerca de 20 anos. Lembro-me dos tempos em que trabalhava para uma empresa de ingredientes para rações e frequentemente visitava uma das maiores empresas avícolas da região para atendimento técnico. Naquela época, era uma das principais empresas da América Latina, mas ao longo dos anos, as coisas mudaram. As empresas avícolas venezuelanas tornaram-se menores, muitas fecharam, algumas novas surgiram, mas os níveis de produção ainda não se recuperaram.
Em 2022, a Venezuela produziu 216 milhões de frangos e tinha 12,6 milhões de galinhas poedeiras em produção. O consumo per capita de frango no país é o mais baixo da região, com cerca de 16 kg por pessoa, menos da metade da média regional de 33,67 kg por pessoa. O consumo de ovos também é um dos mais baixos, com 108 ovos por pessoa, muito abaixo da média regional de 230.
No entanto, fiquei agradavelmente surpreso ao ver que a Fenavi, a Federação Nacional dos Produtores de Aves da Venezuela, está voltando ao bom caminho com o seu congresso nacional de aves. Após 16 anos, a federação realizará seu XI Congresso Nacional, de 18 a 20 de julho, em Caracas.
O evento contará com 36 conferências focadas na produtividade e competitividade do setor avícola venezuelano. Haverá também uma área de exposição de mais de 1.000 m² e 72 estandes, onde produtores, fornecedores da cadeia de suprimentos e empresas de produtos avícolas do país estarão presentes. A participação no congresso é gratuita.
Ao longo dos anos, mantive contato com o diretor executivo da Fenavi, Francisco Tagliapietra, que nunca perdeu a esperança na indústria avícola do seu país, mesmo enfrentando circunstâncias difíceis. Parabéns a ele.
Estou muito feliz que a indústria avícola venezuelana esteja revivendo com este evento. Acredito que isso significa muito para o próprio país e para a região. As oportunidades estão aí, especialmente devido ao baixo consumo, o que oferece muito espaço para crescimento.