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Empresas

Provimi avança na América Latina

Grupo holandês de nutrição animal compra empresa mexicana líder no segmento de suínos e acirra disputa global.

O grupo holandês de nutrição animal Provimi anunciou ontem mais uma aquisição na América Latina. A empresa acertou a compra da mexicana Nassa, por um valor não divulgado pelas empresas. A expectativa era que o negócio fosse acertado em agosto deste ano, mas atrasos nas negociações acabaram por alongar a conclusão da compra.

A empresa mexicana tem uma atuação local, mas é líder no segmento de suínos, com três fábricas e cinco centros de distribuição espalhados pelo país. “A Nassa já tem uma presença forte em suínos. Vamos agora aportar nela produtos e serviços para os segmentos de aves e ruminantes”, afirma o brasileiro Adriano Cesar Marcon, presidente para América Latina da Provimi.

Com o negócio, a companhia holandesa amplia sua presença na região da América Latina, onde o faturamento deverá superar R$ 700 milhões em 2010, sem considerar a nova aquisição. Segundo Marcon, a Provimi fecha um ciclo entre os países latino-americanos.

“A partir da Argentina, conseguimos atender à demanda do Cone Sul do continente. Com a Nutron, cobrimos todo o mercado brasileiro, enquanto a partir da Colômbia atendemos aos clientes do mercado andino. Agora com a Nassa, entramos no México, onde até agora a Provimi não tinha presença, além de atender também à demanda de toda a América Central”, afirma.

Mais do que crescer e marcar presença na América Latina, a aquisição da Nassa está dentro da estratégia da Provimi de ampliar sua fatia no mercado internacional de nutrição animal. A meta do grupo é elevar de 7% para 10% sua participação nos próximos três anos. No mundo, o faturamento global da Provimi em 2009 foi de€ 2,2 bilhões. No Brasil, o grupo controla a Nutron, uma das mais tradicionais empresas do mercado de nutrição animal do País, que representa 20% dos negócios mundiais da companhia.

Com a compra da Nassa, a Provimi se consolida como uma das líderes no mercado de nutrição animal da América Latina e acirra a disputa no mercado global com outras três gigantes multinacionais: a também holandesa Nutreco, a americana Cargill e a francesa Evialis.

O posicionamento de todas as grandes empresas de nutrição animal no bloco latino-americano não é por acaso. A região representa 17% de toda a produção mundial de ração e suplementos, com uma oferta anual de 120 milhões de toneladas. Dentro desse cenário, o Brasil é responsável pela produção de metade desse volume. É seguido por México e Argentina, que produzem 27 milhões e 8 milhões de toneladas, respectivamente. Além disso, é a partir da região que sairá boa parte da proteína animal consumida no mundo nos próximos anos.