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Redução de matrizes pode elevar preço da carne suína na China

Os preços da carne suína na China vêm ajudando o país a manter a inflação sob controle, mas a situação pode começar a mudar em breve.

Redução de matrizes pode elevar preço da carne suína na China

Os preços da carne suína na China vêm ajudando o país a manter a inflação sob controle, mas a situação pode começar a mudar em breve. Segundo dados do governo chinês, houve redução no número de matrizes e, se a demanda se aquecer, suinocultores podem ter dificuldade de elevar a oferta. Com isso, a alta de preços poderá ficar acima da média em fevereiro do ano que vem, durante as comemorações do Ano Novo Lunar. Por enquanto, as cotações mais baixas da proteína mantém o índice de preços ao consumidor bem abaixo da meta de 3,5% estabelecida para todo o ano. Embora o governo não divulgue o peso de cada categoria no indicador, economistas acreditam que alimentos correspondam a 30% e que a carne suína seja responsável por boa parte desse porcentual.

Do lado da produção, a suinocultura parece estar se aproximando de um ponto de inflexão. Em julho, havia na China apenas 45 milhões de fêmeas, volume 11% inferior ao do mesmo período do ano passado e o menor nível desde 2008, quando o governo passou a compilar os dados. O tempo gasto entre a criação de matrizes até a engorda e o abate de suas crias pode chegar a 20 meses. Por isso, caso a oferta de carne suína fique mais apertada no final do ano, uma recuperação pode levar algum tempo.

Fontes ponderam que há motivos para pensar que os preços da carne poderão ter menor impacto na inflação. À medida em que a renda das famílias sobe, os alimentos perdem participação na cesta que compõe o índice de preços. Além disso, a migração da produção de pequenas propriedades para grandes integradoras deverá ampliar a oferta e manter o mercado mais estável, ainda que isso possa levar algum tempo.