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Internacional

Rússia descarta extensão de cota isenta de impostos para importação de aves em 2025

Rússia descarta extensão de cota isenta de impostos para importação de aves em 2025

O governo russo anunciou que não pretende estender a cota de isenção de impostos sobre as importações de aves para 2025. A medida, implementada no final de 2023, tinha como objetivo estabilizar o mercado interno em meio a turbulências econômicas, mas as autoridades afirmaram que as importações não atingiram o volume esperado.

Em 2024, o governo permitiu a importação de 140.000 toneladas de aves isentas de impostos, mas até o início de setembro, 97.200 toneladas ainda estavam sem supervisão, segundo o Ministério da Agricultura. Apenas 42.800 toneladas foram efetivamente entregues, com mais 4.300 toneladas previstas para chegada no futuro.

A decisão de não prolongar a cota foi reforçada pela estabilidade do mercado avícola russo, de acordo com o Ministério. “A situação é estável, e estender a medida até 2025 não está sendo considerado atualmente”, disse a pasta, que monitora os preços de produtos socialmente relevantes, como a carne.

Críticas da indústria avícola

A cota de isenção foi alvo de críticas da indústria avícola russa. Sergey Lakhtyukhov, diretor geral da União Russa de Avicultores, afirmou que a medida enviou um “sinal negativo” ao setor, comparando-a com a cota de carne suína, que também teve baixo impacto, com apenas 15.000 toneladas entregues de uma cota de 100.000.

Segundo Lakhtyukhov, a cota foi impulsionada por um grupo de processadores de carne que beneficiaram-se ao evitar o pagamento de impostos, sem aumentar significativamente as importações. Ele ressaltou que a maior parte dessas importações foi destinada à região de Kaliningrado, um enclave russo na Europa.

Impacto da cota no mercado interno

Apesar das críticas, o Ministério da Agricultura defendeu que a cota ajudou a equilibrar o mercado avícola e a conter o aumento dos preços de produtos como salsichas. Desde o final de 2023, o preço no atacado de aves resfriadas e congeladas caiu 3,7%, segundo cálculos do próprio Ministério.

Referência: Tradução e reescrita – Poultry World